Encontro de gênios
Charles Chaplin e Albert Einstein estão entre os maiores protagonistas do início do século XX.
Um encantou o mundo no personagem de um romântico vagabundo, que marcou e se confundiu com a própria história do cinema mudo.
O outro revolucionou conceitos muito arraigados na Física Clássica, como os espaços, tempo, energia, simultaneidade.
Um, sem usar as palavras. O outro, usando linguagem matemática.
Duas formas de expressão que a população em geral não era familiarizada.
Além da genialidade demonstrada, cada um em sua área de atuação, Einstein e Chaplin compartilharam uma enorme capacidade de concentração e de trabalho criativo, um inconformismo com relação ao poder e, no fundo, uma boa dose de esperança na humanidade, acreditando, respectivamente, nos legados da Ciência e da Arte.
São esses aspectos em comum que vão além dos gênios e servem de pano de fundo para alertar as jovens gerações interessadas por Arte e por Ciência, evidenciando a relevância e a nobreza de se sentir permanentemente parte de uma enorme engrenagem de legados intelectuais. O comprometimento com a paz e o desenvolvimento, não econômico, mas das pessoas, é ponto comum desses dois gênios.
Dois gênios, um do humor e outro da ciência, foram, juntos, para a comemoração da estreia do filme “Luzes da Ribalta”, de Chaplin, em 1952. Chaplin foi quem convidou o cientista e sua esposa Elsa para a grande festa, e o gênio aceitou o convite.
Durante o jantar, Einstein disse: – O que eu mais admiro na sua arte é a sua universalidade. Você não diz uma palavra e, ainda assim, o mundo o entende.
No inédito diálogo, Chaplin respondeu: – É verdade, mas a sua fama é ainda maior. O mundo admira você mesmo sem entender uma palavra do que diz.