Ituano, grande campeão paulista
Do jeito que o povo de Itu é exagerado, vão dizer que foi campeão em cima de um time grande. .
Eu já havia dito para o meu amigo João da Sauna que o campeonato paulista não teria surpresa nenhuma: o campeão seria um grande time do interior…
E aí, Gino, Leitão, Galo Cego. Eu tô feliz, ITU?
Gilberto não se conteve e soltou a voz – Doutor eu não me engano, meu coração é corintuano!
E o hino do Santos, como legítimo time da virada, virou para: Agora quem dá bola é o Ituano… O Aranha que se cuide…
De acordo com Tutty Vasques, colunista do Estadão, Aloizio Mercadante, torcedor do Santos desde pequenino, chegou a falar ontem na tribuna da câmara em incluir a Vila Belmiro na CPI da Petrobrás. O ministro está convencido de que, mal comparando, o clube pagou relativamente mais caro pelo Leandro Damião que a estatal pela refinaria de Pasadena.
Nem Palmeiras, nem São Paulo, nem Corinthians, nem Santos.
Nem mesmo com a ajuda involuntária de erro duplo no pênalti marcado a favor do Peixe o time de Vila Belmiro chegou lá…
Os deuses do futebol fizeram do Ituano, campeão, com méritos!
Uma façanha que entra para a história do futebol paulista, o mais competitivo do Brasil, e mostra a força do interior do nosso Estado.
O merecido título do esquadrão de Itu mostra também como um clube pode ser bem administrado, vencedor e gastar pouco. A sua folha salarial é de apenas R$ 350 mil mensais, quase a metade do que ganha o craque da camisa nove, dos Meninos da Vila.
O cartola Juninho Paulista e o técnico Doriva são exemplos a ser seguido, cuja fórmula consiste em profissionalismo, simplicidade, humildade, competência e eficiência.
O Ituano mostrou ainda que futebol se ganha dentro de campo, e não com camisa, dinheiro ou tradição. E deu uma importante lição de moral a muitos, segundo o paulistano Renato Kahair.