Jorge Ale, 70 anos
Nascido aos 23 de maio de 1944, o grande herói de hoje é Jorge Ale. A saga da sua família começa com Pedro Ale, árabe, natural do Líbano, da região denominada Baalback, próximo de Beirute. Ele e o irmão fugiram da guerra que estava exterminando o clã dos Ale. Primeiro refugiaram na Argentina, depois Paraguai, na cidade de Rosário onde Pedro se casou com a paraguaia Joana Obdulia Pando. Assim, o casal foi morar em Ponta Porã. Dos dez filhos que tiveram, sete são pontaporenses. Quando se mudaram para Campo Grande nasceu Pedro Antônio e o nosso herói, Jorge. O caçula Washington é de Camapuã.
Nos anos 50 a família dos Ale ainda morou dois anos em Andradina e depois mais oito anos em Dracena. Em 1960 definitivamente vieram para Santa Fé do Sul para trabalhar no comércio.
Jorge fez o primário e o admissão, em Dracena e, em Santa Fé concluiu o curso de técnico em contabilidade em dezembro de 1968. Recebeu das mãos do paraninfo da turma, Jerônimo de Paula o diploma que fez jus, endossado pelo patrono Dr. Hélio de Oliveira, fundador da cidade.
Foi no Clube Nipo, onde havia os grandes bailes da cidade, que dia 6 de outubro de 1968, o príncipe Jorge conheceu a princesa Dionísia. Ela, professora primária formada no Iepim, na segunda turma, do normal e, foi a madrinha do baile de formatura realizado no Tênis Club com a famosa orquestra de J. Rodrigues.
Desde criança o nosso herói gostava de futebol. Em Dracena jogava no Paulistinha, time infantil da cidade junto com o seu irmão Abdala, que era o goleiro da equipe. Em 1964 Jorge foi para a capital e ficou em São Paulo, por dois anos. Jogou no Samara, time de futebol de salão que fez a inauguração da quadra do Flamenguinho. O artilheiro voltou para a terrinha para ser gerente da Sapataria Campo Grande, do irmão Gamen. Em Santa Fé do Sul foi centro avante da Ferroviária, time comandado pelo treinador Pedro Carijó, que contava com um elenco de primeira grandeza com Dorival Capivara, Odair, Demazão, Gilberto Galo Cego e Giba, Abdala, Queixada e Robertinho, Viola, Tita, Jorge Ale e Macalé. No final dos anos 60, jogando pelo Santa Fé F.C. foi campeão regional e vice-artilheiro de um time dos sonhos com Pedro Castro, Luizinho Pintor, Gildão, Bregeço, Euricão, Mauro e Itamar Dota. Ainda teve participação na equipe em 1970, agora disputando a segunda divisão de profissionais sob a batuta de Zé Guimarães. Carlão, Mané, Osmar, Coutinho, Casquinha, Tatá, Ramirez, Dorinho, Brandãozinho, Luiz Carlos e Nascimento completavam o esquadrão tricolor. No esporte da bola pesada foi destaque no time dos Tatus que jogava com Cecílio Nozima, Élcio, Pedro, Abdala, Gamen e Jorge. Com a formação dos Irmãos Metralhas, o nosso herói deixou o irmão caçula, Washington, chamado de Tatuzinho, ser a sensação do espetáculo. Foi protagonista do “Jogo do Século” realizado no Estádio Municipal entre os times de Giannini Sports e a Seleção de Ouro que tinha no seu plantel Ditão (Corinthians), Orlando (Vasco da Gama), Otávio Souto (Bahia E.C.), Arlindo (São Paulo), Benê (São Paulo), Bira (União Operário), Guaraci (Juventus), Ivair (Portuguesa), Wilsinho (Corinthians) e Ademir da Guia, o Divino (Palmeiras).
No racha do Tênis Clube está desde 1975, sendo o atleta em atividade, com maior experiência do clube.
Em 13 de fevereiro de 1971 Jorge contraiu núpcias com a sua eterna namorada, Dionísia Luzia dos Reis e começou uma estória de contos de fada e, resolveram viver felizes para sempre, naturalmente com os netos Rafael e Guilherme, filhos Márcia e Marcos Favaleça; Maria Victória, filha de Denise e Victor Dias da Costa; Orlando dos Santos Neto e a caçula Alice, filhos de Gisele e Orlando dos Santos Filho.