Lição de voto
O professor passou um trabalho de equipe sobre socialismo para uma classe de alunos do ensino médio. O grupo concluiu que o socialismo é um sistema que realmente funciona, porque com um governo assistencialista, administrando a riqueza do país, ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.
Em contrapartida, o professor sugeriu à classe de fazer um experimento socialista. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas. Todas as notas seriam concedidas com base no cálculo da nota média obtida pela classe, portanto uma medida “justa”, disse o mestre. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que, em teoria, ninguém seria reprovado, como também ninguém receberia conceito “A”, preveniu o educador.
Na primeira prova a média foi “B”. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Na segunda avaliação, os relapsos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram também se aproveitar do “trem da alegria” das notas. Como resultado, a segunda prova teve média “C” e não agradou ninguém.
Depois da terceira prova, a média geral caiu para “E”. As notas não voltaram a patamares mais altos e as desavenças entre os alunos passaram a fazer parte da atmosfera da classe. A busca por “justiça” foi a principal causa das reclamações. Inimizades, desconfiança e falta de solidariedade passaram a fazer parte da turma. No final das contas, ninguém queria estudar para beneficiar a equipe, mas todos queriam passar de ano.
Neste momento crítico houve a interferência do educador, que explicou a causa deste impasse: “O experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande, o esforço pelo sucesso individual é maior. Mas quando eliminamos todas as recompensas, como fazem alguns governos, ao tirar coisas dos outros para dar aos que não trabalham por elas, então ninguém vai tentar ou querer fazer seu melhor desempenho.”
Estamos no estertor de uma eleição para presidente que vai definir quem vai nos governar. Pelo exemplo, de uma classe de jovens estudantes podemos decidir melhor o nosso voto. Fique esperto com o candidato que quer levar o pobre à prosperidade a custa dos mais ricos. Porque, para cada um recebendo do governo sem ter de trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber. Assim, esse governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividi-la. Com um governo deste, o perigo é que quando 50% dos eleitores entendem a ideia de que não precisam trabalhar, porque a outra metade irá sustentá-lo, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. Será um caos total, porque até os políticos não vão mais ter o que roubar.
Moral da história: “Se correr o bicho pega, se ficar a bicho come.”