Maquiavélico: ser ou não ser?
Existe atualmente uma extraordinária gama de personagens da cultura popular que são chamados de maquiavélicos.
Popularmente, maquiavélico é aquele que procura se manter no poder a qualquer custo, enganador, falso, astuto, velhaco, pérfido, desleal e que pratica conveniência em detrimento de moralidade.
Originalmente a palavra “maquiavélico” se refere às obras do teórico italiano Nicolau Maquiavel, que viveu no século XVI. Mas o uso mais comum da palavra é relacionado às qualidades das pessoas, que são semelhantes ao famoso personagem criado por Maquiavel, o Príncipe.
Sem dúvida, a parte mais conhecida de O Príncipe é a que questiona se é melhor ser temido ou amado. Sobre essa premissa surge uma questão: é melhor ser amado do que temido ou temido que amado? Pode ser respondido que se deve querer ser ambos, mas por ser difícil uni-los em uma pessoa só, é muito mais seguro ser temido do que amado, segundo Maquiavel.
Historiadores acreditam que Maquiavel foi mal interpretado ao longo dos anos.
Em O Príncipe, ele descreve o que os governantes das cidades-estado da Itália faziam ou deveriam fazer para se manter no poder, sem a intenção de defender essas ações, geralmente despidas de qualquer valor moral.
Mal interpretado ou não, Maquiavel tem sido um recurso infinito para dramaturgos e autores do mundo todo.
Para nós, simples mortais desse cotidiano, quem seria o “maquiavélico”, que prega a máxima de que os fins justificam os meios?
Resposta: O Rei, porque só ele é soberano.