Maurinho, o camisa 9
O nosso herói de hoje foi um craque de bola, um cobra, futebolisticamente falan-do. Nascido em Pirangi-SP no dia 21 de março de 1943, Mauro Dota é o 11º filho de D. Maria Medeiros e do Seo José Dota, de uma família de 14 irmãos. Em Santa Fé do Sul, José Dota foi proprietário do Hotel Central, que foi vendido para o Shimizu, e do Munici-pal Hotel.
Maurinho é irmão da D. Terezinha, mãe do Vaguinho e do Valter Lopes. A habili-dade com o balão de couro nasceu pela convivência com os irmãos João Guilherme e o excepcional Itamar Dota que tinha um verdadeiro canhão nos pés.
No futebol de salão jogava na equipe do Santa Fé Tênis Clube. Nos campeonatos da modalidade disputava os mais empolgantes confrontos na quadra de cimento do clube, principalmente contra o time dos Anjos, que tinha uma verdadeira seleção: Múrcio, Techi-te, Itamar Dota, Marinho e Toinho.
No futebol de campo jogou no Santa Fé F.C., Nhandeara, Comercial de Ribeirão Preto, CMTC de São Paulo e Os 11 do Caprichoso da Capital. Na várzea participou de memoráveis partidas patrocinadas pelo jornal Gazeta Esportiva nos jogos da Copa Arizo-na.
Maurinho, jogava no Tênis Clube Regatas de São Paulo. Seu campo de terra fica-va às margens do Rio Tietê. Certo domingo foram convidados para jogar com o time da Volkswagen. No regulamento, quem perdia o jogo pagava a garantia, a cerveja e o chur-rasco. Jogar com esse timinho de mecânicos era rolinha no embornal, pensaram. Resulta-do 18 X 3 para eles.
Também o time deles era formado por veteranos do Palmeiras, do Corinthians e do São Paulo. Até o Luís Pereira, que era da Chevrolet, jogou pra Volks. Além de Poy, golei-ro do tricolor, Rivellino, o reizinho do Parque e César Maluco do verdão. O mais inusita-do foi que o Divino, Ademir da Guia ainda ficou na reserva.
O nosso herói era inscrito na Federação Paulista de Futebol e jogou no Clube Atlético Juventus da Mooca. O time era conhecido como “Moleque Travesso” por não perder partidas no seu campo. O Santos de Pelé e Cia jamais venceu no Estádio Conde Adolfo Crespi.
Se o Maurinho, camisa 9, jogasse hoje, com certeza seria convocado pelo técnico Carlo Ancelotti. Entre nós, ele seria melhor que Gabi Gol e Richarlison, o Pombo no co-mando do ataque da Seleção Brasileira.
O craque Maurinho, além de centro avante goleador, fazia assistência de Dreher para Sócrates e Presidente pra Casa Grande na época em que foi gerente da lanchonete do Timão, no Parque São Jorge.
Esta é uma singela homenagem, com muito amor e carinho, da sua saudosa com-panheira Maria José, dos seus filhos Júnior e Ana Maria, dos netos Clayton, Maria, Silva-na e João Guilherme, dos seus 13 irmãos, dos 70 sobrinhos e dos seus amigos e compa-nheiros de noitadas.
Parabéns!