Múrcio Carlos de Almeida
O nosso herói de hoje é o amigo e companheiro Múrcio, filho da dona Bráulia e do seu Antônio Carlos de Almeida. Ele completaria no próximo dia 26, Sábado de Aleluia, 72 anos.
Segundo o seu amigo, Adacyr Ferreira, o Ferreirinha, o menino espevitado, irriquieto e irreverente estudou o primário no Primeiro Grupo Escolar da cidade. Cursou o ginasial no Enge, Escola Normal e Ginásio Estadual, o científico no Itael de Mattos e Educação Física pela Funec.
O nosso herói tinha um bar em frente da Igreja Matriz e depois trabalhou com o seu pai Antonio Carlos, no bar da Esquina do Fuxico, na quatorze com a sete.
Foi admitido na Prefeitura Municipal no dia 1º de maio de 1978 e se aposentou no dia 12 de dezembro de 2008, após trinta anos de bons serviços prestados à população santa-fé-sulense. Foi funcionário público exemplar no setor de cadastro imobiliário e chefe da seção de dívida ativa. Ele era um verdadeiro computador, na época em que a informática ainda engatinhava. Sabia de cor e salteado a localização da quadra, o lote e se apertasse, sabia até o número da casa onde a gente morava.
Foi no esporte da bola pesada que Múrcio se destacou. Foi o melhor goleiro da região, sem desmerecer outros craques da posição, como Coca, Calegaris, Longuinho, Nozima, Hélcio e outros.
Em 1965, no primeiro campeonato de futebol de salão promovido pela APM, Associação de Pais e Mestres, realizado na quadra do Tênis Clube, o time da Enge foi campeão com Múrcio, Techite, Toinho, Eli Pedrassa, Quinzinho, Koji Nagami e Guilherme, que disputou o título com os Tatus E.C. que tinha cobras como Alípio Gomes (Faísca), Élson e os irmãos Abdala, Pedro, Jorge e Gamen Ale. Em 1967 foi fundado os Anjos, ex-Enge, que teve a inclusão de jogadores como Marinho, Shiguemi, Zé Maria e Nenê. Eles arrancaram a taça dos Tremendões, de Miltinho, Moacir Carlos, João Bolinha, Wilson Sartori, Marcos e Alípio Antunes. Em 1968, os Anjos sagraram-se campeões invictos jogando contra o time dos Metralhas, de Cecílio Nozima, Élson e toda a família Ale, inclusive o tatuzinho Washington, o Salim. Em 1960 em 1970 o time de Múrcio foi campeão, agora com a inclusão de Itamar Dota, dono de um canhão nos pés.
Em 1969, Múrcio participou do programa de TV Cidade Contra Cidade, do Silvio Santos. Naquele dia Santa Fé do Sul venceu a cidade mineira de Frutal, na cultura, com Dr. Hélio de Oliveira, no entretenimento, com César Whitaker e no esporte, com Múrcio defendendo os pênaltis e Itamar Dota fazendo os gols.
Corintiano fanático, racheiro de carteirinha do Tênis Clube, adorava um udon dos Bon Odori do Nipo e árbitro de futebol com o irmão Moacir, Magosso, Alipinho, Lago e Techite nos memoráveis campeonatos de futsal na Quadra do Iepim e nos campeonatos de futebol de campo do Pitarão.
Apaixonado pela esposa Felícia, tiveram os filhos Marcos, Maurício e Márcio, que lhe deram as netas Maria Clara, Júlia e as gêmeas Camila e Carolina.
A seleção de futsal do céu está completa, só estão faltando os reservas…