O avarento

Publicado em 31/01/2015 00:01

Como toda regra tem exceção, hoje vamos contar uma história de um anti-herói, um homem que passou a vida juntando dinheiro.
Um ex-diretor da Petrobrás cobriu a piscina de sua mansão, com terra, e transformou-a num cofre subterrâneo, para guardar milhões, em dinheiro.
Ele deveria ter lido muito gibi do Tio Patinhas na infância para ter esta ideia genial.
Uma das manias do pato milionário, criação de Walt Disney, era mergulhar em sua piscina cheia de moedas, localizada dentro de uma caixa-forte.
Pena que o nosso anti-herói não leu a fábula de Esopo, sábio grego, que viveu na antiguidade. Ele escrevia fábulas e parábolas, ricas em ensinamentos ao relatar o drama existencial do homem, substituindo os personagens humanos por animais, vegetais ou minerais do cotidiano.
Havia no reino um cão que tinha enterrado sua arca de ossos, obtida ilegalmente, num lugar secreto do seu jardim.
E todos os dias, antes de dormir, ele ia até aquele local, desenterrava a arca e contava cada precioso osso para ver se estava tudo lá.
Ocorre que de tanto repetir aquelas idas e vindas, o gato do vizinho ficou observando-o há bastante tempo.
Curioso para saber o que o cãozinho estava escondendo, o felino chegou na calada da noite, e secretamente, desenterrou o tesouro, levando-o consigo.
Quando o pobre cão descobriu sua grande perda, foi tomado de aflição e desespero.
E caindo em prantos, ele latia e urrava, enquanto arranhava o chão e corria em círculos concêntricos.
O gato que passeava pelo telhado, ao ouvir seus grunhidos, quis saber o que havia acontecido.
“Meu ouro, todo meu ouro”, uivava inconsolável o cãozinho, alguém o roubou de mim. Quero a prisão deste cachorro!
O gato, todo pomposo e irônico, rosnou: – Você pode querer, mas ele é inocente!
Moral da história: “Quem com ouro fere com ouro será ferido”.

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