O político e a corda bamba
Para contar esta história de hoje peço licença ao grande escritor e cronista Fernado Sabino.
O nosso herói de hoje tem de ser equilibrista até o final.
E, suando muito, apertando o cabo da sombrinha aberta, com medo de cair, sempre observando a distância do arame ainda a percorrer.
E, sempre exibindo para o eleitor, um falso sorriso de serenidade.
Tem de fazer isso a cada quatro anos como se na vida você não tivesse feito outra coisa.
Para você é como se fosse a primeira vez, a mais perigosa das aventuras da vida.
O risco de cair é eminente porque muitos querem ver um tropeço seu.
Cair no meio do picadeiro, no espaço vazio da plateia é inadmissível.
Do contrário, seu número será um fracasso.
Morrer ou viver, eis a questão.
Porque o espetáculo tem que continuar!