Onde está a honestidade?
Este samba, “Onde está a honestidade” foi composta pelo ícone da música popular brasileira, Noel Rosa, compositor reconhecido nacionalmente. Nascido no Rio de Janeiro em 1910 e falecido na flor da idade, aos 26 anos, vítima de tuberculose que contraiu devido a sua vida boêmia. Assim, Noel deixou um acervo de grande valor para o patrimônio cultural brasileiro, sendo que muitas de suas letras representam a sociedade contemporânea como se fossem escritas nos dias de hoje:
“Você tem palacete reluzente,
Têm jóias e criados à vontade
Sem ter nenhuma herança nem parente,
Só anda de automóvel na cidade
E o povo já pergunta com maldade:
Onde está a honestidade? Onde está a honestidade?
E o povo já pergunta com maldade
Onde está a honestidade, onde está a honestidade?
O seu dinheiro nasce de repente,
E embora não se saiba se é verdade
Você acha nas ruas diariamente
Anéis, dinheiro e até felicidade
E o povo já pergunta com maldade:
Onde está a honestidade? Onde está a honestidade?
E o povo já pergunta com maldade:
Onde está a honestidade? Onde está a honestidade?
Vassoura dos salões da sociedade,
Que varre o que encontrar em sua frente,
Promove festivais de caridade
Em nome de qualquer defunto ausente
E o povo já pergunta com maldade:
Onde está a honestidade? Onde está a honestidade?
E o povo já pergunta com maldade:
Onde está a honestidade? Onde está a honestidade?”
Mas na verdade, a crônica de hoje homenageia heróis anônimos do nosso cotidiano, da nossa cidade, que ao contrário da crítica imposta por Noel aos “ricos”, são cidadãos e dedicados trabalhadores.
Assim, os nossos heróis, ao procurar ver sempre as verdadeiras riquezas nas coisas mais simples e mais belas da vida nos fazem ser alegres e felizes.
Apesar do senso comum que é preciso levar vantagem em tudo, a honestidade, ainda vale a pena.