Orgulho e vaidade que existem em nós
Quem não gosta de ser tratado com educação, respeito e carinho?
Por isso mesmo também precisamos dispensar às pessoas o mesmo trato que gostaríamos de receber, a forma carinhosa, respeitosa, educada e a boa vontade no agir.
Claro que tudo isso não se confunde com a formalidade. Antes uma abordagem informal, mas sincera e com um ânimo positivo, do que um tratamento formal e rude, portentoso nas palavras, mas com pouca intenção de ajudar e quase nenhuma disposição em realizar.
No nosso social e profissional sabemos muito bem disso. Sabemos também que, se quisermos realmente ajudar, precisamos entender as limitações do outro, simplificar o vocabulário, ter a humildade de nos colocarmos no lugar daquele que requer a nossa atenção. Simplificar, descer do “salto” com categoria, entendendo que às vezes é preciso ser menos para conseguir o mais.
Educação, respeito, boa vontade e simplicidade sem olhar a quem e da maneira como a situação exigir. Trata-se de um passo importante em nossa caminhada e a maioria de nós entende, perfeitamente, os valores de que estamos tratando.
O problema ocorre quando alguém quebra a regra e, não por coincidência do destino, somos a “vítima” do orgulho e menosprezo alheio.
Sentimentos inferiores são descobertos e aflorados em nós quando somos tratados com excesso de formalidade, sem boa intenção por parte de nosso interlocutor. Quando alguém nos fala sem uma real vontade de nos ajudar, mesmo que tenhamos total razão naquilo que precisamos. E quando somos estereotipados em torno de algum pré-julgamento que o outro nos faça, relacionado a algum dado exterior e sem importância que carregamos, mas não condizente com aquilo que somos. Isto é como uma lança que fere a nossa autoestima, maculando a nossa vaidade. Sim, a nossa vaidade e, pasmem, o nosso orgulho.
Graças a Deus que tudo isso passou quando estive no velório de um amigo – alguém, “filósofo”, em potencial, havia pichado no muro do cemitério, com letras garrafais: Aqui se acaba riqueza, orgulho e vaidade. Era a resposta que eu havia procurado para dar e, naquela hora, eu havia acabado de achar.