Os Cegos e o Elefante
Era uma vez no Reino das Araras Azuis, Amarelas e Rosas achavam-se três deficientes visuais, sentados à beira do caminho, pedindo esmola.
Quando o Circo Lambari chegou a cidade, ouviram falar do Elefante, mas não tinham a menor ideia de como era esse animal monstruoso.
Naturalmente os três conheciam muito os grandes animais nativos como Tigrão, Boi, Leitão, Oncinha, Cavalo Inglês, Tubarão, Jacaré, Sucuri ou Jibóia, além dos outros de menor tamanho como Cascudo, Cobra Ensaboada, Enguia, Bagre, Traíra, Piau e Mandi.
Quando o desfile da companhia circense estava passando em frente dos três heróis de hoje, o trio da sarjeta, não podendo ver a atração maior, imediatamente se levantou. Assim, os três pediram ao palhaço para examinar o referido bicho com as mãos.
O primeiro cego correu a mão em toda extensão do Elefante e disse:
– Já sei, o Elefante é como um muro, forte e áspero. É uma verdadeira cobra gigante…
O segundo cego ao abraçar uma das pernas do paquiderme já foi falando:
– O pior cego é aquele que não quer ver. O Elefante é como uma palmeira imperial, redondo, alto que nem um coqueiro.
O terceiro cego ao levantar as mãos para o alto tocou nas enormes orelhas do animal e foi logo retrucando:
– Quanta cegueira, gente, vocês não entendem de nadaz O Elefante é um grande leque!
Moral da história: “No circo da vida encontramos muitas pessoas, como os cegos, que nos dão informações erradas sobre coisas que não conhecem.”