Rui Barbosa
Rui Barbosa de Oliveira é o nosso herói de hoje. Polímata brasileiro, tendo se destacado como jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador emérito. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, São Paulo. Fundador da Academia Brasileira de Letras sucedeu a Machado de Assis na presidência da casa. Foi duas vezes candidato à Presidência da República e foi derrotado em ambas por Humberto Fonseca e Epitácio Pessoa. Recebeu o título de “Águia de Haia” pela sua inteligência e eloquência na defesa da igualdade das nações na Conferência de Paz de Haia, em 1907.
Faleceu há 93 anos, mas o seu pensamento naquele tempo é tão atual que até parece ser uma profecia dos acontecimentos do mundo político de hoje.
Uma de suas frases é justamente esta: “De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se de justiça e ter vergonha de ser honesto.”
Outra reflexão sobre este momento de atualidade é: “A luz é a grande inimiga dos crimes. Na publicidade refulge a luz. A imprensa é a publicidade. Com a imprensa não se podem acomodar, pois, os governos de sangue e força, arbítrio e corrupção, mistério e mentira.”
O problema da saúde, educação e transporte de outrora era o mesmo de hoje em dia. Incrível, mas até a comunicação era comprometida neste país.
Certa vez, Rui Barbosa ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos.
Batendo nas costas do invasor, disse-lhe:
– Bucéfalo, não é pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes e sim pelo ato vil e sorrateiro de galgares as profanas de minha residência.
Se fazes isso por necessidade, transijo.
Mas se é para zombares de minha alta prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica no alto de sua sinagoga que te reduzirá à quinquagésima potência que o vulgo denomina, nada.
E o ladrão, confuso, disse”
– “Ô moço, eu levu o dexo os pato?”
Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência.