Valírio Vieira, o mestre do violão

Publicado em 1/02/2025 00:02

Você sabia que nós temos na Estância um exímio violonista?
O nosso herói de hoje é justamente ele, Valírio Vieira. Autêntico cancioneiro das belas músicas brasileiras. É primogênito de uma família de oito irmãos, cujos pais, D. Tereza Batista e Joaquim Vieira, foram lavradores de café em Pontal, região da Mogiana. Nascido em Cosmorama, no dia 23 de novembro de 1940, época em que a família foi tocar roça no Córrego do Cervo, hoje, Nova Canaã Paulista.
Estudou até o terceiro ano do grupo escolar na escola municipal na Fazenda Água Amarela. Era o primeiro aluno da classe. Valírio gostava de ler e era muito estudioso. Só não completou o primário porque a escola onde iria estudar o quarto ano era muito longe da sua casa.
Em Três Fronteiras, foi secretário da Câmara Municipal na gestão do prefeito Aloísio Silva Nascimento, o Bigode. Foi vereador por duas vezes e suplente de vereador nos governos de Bigode, Angelo Marconcini, Nino e Waldemar Mota Ramos, respectivamente.
Apaixonado pelo futebol, estudou a fundo as 17 regras futebolísticas e, em vez de árbitro, se tornou o goleiro menos vazado do Cervo e da Socimbra, com “sem” gols.
Da família da dupla Vieira e Vieirinha, o seu avô Antônio, mineiro da gema, era violeiro e ainda fabricava o seu próprio instrumento. Aos 15 anos, Alírio ganhou do seu pai, também instrumentista, um violão preto, “Traquilo Gianini”, para se apresentar com o seu irmão Valdir no programa musical da Rádio Clube de Votuporanga.
Durante os 30 anos morando em Santa Fé do Sul, o nosso herói foi amigo do peito do Dr. Hélio de Oliveira, fundador da cidade. Apresentou-se nos bailes e festas da região tocando com sanfoneiros, como João Pedro, Cristóvão, Tonhão, Tercílio, Luizinho e Waldemar Herrera, além de violonistas, do naipe de Nego Caçador, Pedro Evangelista e Jerônimo Xavier. Com o amigo e violeiro Antônio Silvestre, pai do médico oftalmologista Silvestre Muniz, compuseram a música “Se a língua tivesse osso”.
Em ritmo de cururu, a sua querida esposa, D. Delacir, Ziza, como é conhecida; os filhos Sinval, Joseval e Niulra; as netas Thaísa, Aline, Mariane e Ariane; as bisnetas Ana Júlia e Ana Laura cantam em alto e bom som o primeiro verso da música: Se a língua tivesse osso/Não batia entre os dentes/Pra falar da vida alheia/Que é um defeito indecente.

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