Zumbi dos Palmares
O nosso herói de hoje nasceu na então Capitania de Pernambuco, na Serra da Barriga, 1665, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, Alagoas.
O seu nome, Zumbi ou Zambi, vem do termo nzumbe, do idioma africano quimbundo, e significa fantasma, espectro, alma de pessoa falecida.
Aos seis anos foi capturado e entregue a um missionário português.
Batizado “Francisco”, Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa.
O Quilombo dos Palmares, onde o nosso herói vivia, era uma comunidade formada por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas. Ele ocupava uma área do tamanho de Portugal, com uma população de 30 mil habitantes, como a da nossa Estância de Santa Fé do Sul.
Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco, cansado do longo conflito com o Quilombo dos Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade de todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa. A proposta foi aceita pelo líder, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do Quilombo dos Palmares.
Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. O Quilombo de Palmares foi destruído e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antônio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça, em seu reduto, Serra Dois Irmãos, quando foi apunhalado e morto, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo de Castro. Em Recife a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.
É por isso que no dia 20 de novembro se comemora o “Dia da Consciência Negra”, criada pela importância que este personagem histórico representou na luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. É um momento de conscientização sobre a liberdade e de reflexão sobre suas consequências.
A consciência significa conhecimento, percepção, honestidade. Também está relacionada com o sentido de moralidade e de dever, pois é a noção das próprias ações ou sentimentos internos no momento em que essas ações são executadas.