ANÁLISE DO DISCURSO DE IGNACY SACHS
O discurso de Ignacy Sachs é sempre atual.
Vamos falar neste espaço, hoje, de seu pensamento.
Primeiramente, vamos conhecê-lo, em resumo: Nascido em Varsóvia, Polônia, em 1927, Sachs chegou ao Brasil em 1941 como refugiado da Segunda Guerra Mundial.
Permaneceu no país até 1954, onde se graduou em economia pela Faculdade de Ciências Econômicas e Políticas do Rio de Janeiro (hoje Cândido Mendes). De volta à Polônia, trabalhou no Instituto de Relações Internacionais e, de 1957 a 1960, esteve na Índia como funcionário da embaixada polonesa, período em que realizou seu doutorado na Escola de Economia da Universidade de Délhi.
Três características ressaltam o renomado professor: progresso social, sustentabilidade ambiental e viabilidade econômica. “os mercados tem a vista curta e a pele grossa”, adverte Sachs.
Solidariedade dos navegantes do Planeta Terra é uma ênfase de Sachs, atribuindo-se responsabilidades compartilhadas aos que estão mais em cima, para fim de financiamento do desenvolvimento.
A análise do discurso de Ignacy Sachs revela uma crítica profunda ao modelo de desenvolvimento tradicional, propondo o ecodesenvolvimento como alternativa.
Seu pensamento busca conciliar crescimento econômico, justiça social e preservação ambiental de forma holística e multidisciplinar. Homem “ludens” (lúdico) deve-se ascendência, pois é sem limites, agora o trabalho deve ser redimensionado.
Advoga um Fundo Internacional de Desenvolvimento. Taxação da especulação financeira. Instituição de Imposto sobre o carbono. Taxação sobre o uso de Oceanos e Ares. Observa que o tema a ser observado e tornar-se o centro das preocupações são os biomas do Planeta Terra.
Justiça social, prudência ambiental e viabilidade econômica são princípios a serem unidos, para Sachs.
A crise para ele é uma encruzilhada ou optamos, em continuar, pelo “mais do mesmo”, ou redirecionamos a rota: para mudar e melhorar as coisas para todos. Para Sachs, do jeito que está não pode ficar, no que eu concordo plenamente e o escritor faz crítica, diagnóstico e apresente propostas concretas.
Como diz o cronista do cotidiano, que, como digo, faz crônicas mais bonitas que os gols de Pelé e gols mais bonitos que as crônicas de Drummond, nosso amigo E.E.W, esse é nosso “herói de hoje”. E de sempre!

