DEONEL, O MAGISTRAL
Jales foi uma sorte na minha vida. Sorte porque tinha a tia Nita e o tio Alfredo morando naquela urbe. E daí eu era feliz em ter o João José, o Zé Pedro, o Nino, a Teda, a Leninha e a Maia de primos. Sabe por quê? Não fossem eles hoje eu seria bem menor do que sou como ser humano.
E nessa minha ida a Jales, na casa de meus primos, conheci Deonel. É verdade, conheci o saudoso Mário, o Zé Antônio, o Estélio, o Gatão, o professor Danilo e talvez por isso goste tanto de esporte.
Conheci o Clube do Ipê. Já pensaram sair de Três Fronteiras, nos anos 70, e nadar na piscina, entrar em um clube, voar com o João, ouvir Zé Pedro, o Nino e Deonel, ter acesso ao microfone, ver o CAJ jogar…
Deonel sempre na sua elegância, mas sem perder a humidade. Nunca tive intimidade pessoal com Deonel, mas bastava olhar seu jeito simples e sua seriedade que inspirava – e inspira – respeito.
Deonel é a voz de Jales, seja falada ou escrita.
Jales perde a voz.
Mudo fiquei ao ler no facebook que Deonel partiu, assim a voz de Jales também emudeceu…
De minhas conversas com ele havia falado de juntos começarmos uma luta para o fortalecimento de nossas cidades, restabelecendo um desenvolvimento regional em prol de nosso povo.
Não deu tempo…
Na outra dimensão Deonel vai levantar a voz para orientar, escrever e falar para ensinar que as coisas devem estar em seus devidos lugares, sem mais nem menos, sem mentiras e sem sensacionalismo. Aqui Deonel foi magistral. Lá não vai ser diferente: espalhará em nós fagulhas de sua excelência.