EVALDO – SEXAGENÁRO – NAQUELE TEMPO…

Publicado em 28/07/2023 00:07

Este nome o saudoso Eurico Alves Gomes deu ao nosso artilheiro em homenagem ao cantor Evaldo Braga, mas seu codinome é “Curvina”, uma referência ao peixe corvina. Curvina é filho dos saudosos Euricão e Dona Leila. O Eurico acompanhava nosso aniversariante pelos campos da região e o Curvina sempre deixava seus gols nas redes adversárias para a alegria de seu pai.
Neste sábado Curvina reunirá seus amigos para um jogo no Estádio Municipal em comemoração às 60 primaveras desse centroavante por natureza.
Em todas as cidades da região, Curvina tem um amigo que estará presente para transmitir os parabéns em sua festa.
Curvina, ainda solteiro, quando no Tênis Clube só jogavam os casados, ela era goleiro para poder participar das tardes esportivas de sábado. Quando foi jogar no Clube dos Operários, na capital bandeirante, Curvina jogou no gol e foi “brincar” na frente de Ademir da Guia, que, ardilosamente, “roubou-lhe” a bola e fez o gol.
Curvina, apesar de 60 anos, ainda menino de paz, ladeado pela Meire e seus dois filhos Guiga e Breno, que tem no esporte o modo de convivência mais feliz juntos com seus amigos.
A responsabilidade dele agora é cuidar com carinho do Tênis Clube, sob o olhar lá dos céus de seu pai, dos saudosos Vascão, Chicão, Buzo, Irineu Zancani, Milton “do cinema”, do “Padre”, do “Rafa”, Nori, da sua irmã Aninha e tantos outros que viveram naquele clube como quintal de suas casas. A missão do Curvina é solidificar aquele clube recreativo para viverem e reviverem momentos descontraídos de amizade e amor, que atualmente estão em falta.
No jogo comemorativo, muitos de seus amigos “arrastarão” as pernas em campo, mas o que vale mesmo é o reencontro de sinceros amigos que tinham no futebol o único lazer da vida. Estarão presentes o Tupãzinho (ex-Corinthians), Túlio (ex-Seleção Japonesa), Negão (ex-Auriflama), Chicão (ex-Gera, Aparecida D’Oeste), Dida (ex-Aparecida do Taboado), Gianini (ex-Matonense), com destaques especiais para o Betinho (ex-São Sebastião do Pontal) e o Bita (ex-Córrego do Cervo, com passagem de uma semana pelo Três Fronteiras Futebol Clube e campeão de bocha no campeonato regional do Córrego do Loro), dentre tantos craques e, em especial, craques do passado do glorioso Santa Fé Futebol Clube, que serão merecidamente homenageados.
O craque Bita vai chegar mais cedo e ainda vai comentar a “estética” de cada jogador que vai chegando, tecendo elogios às “barrigas volumosas”, às “pernas finas”, às “nádegas retas” e, por fim, vai dizer o “tempo é a máquina de fazer monstro…”.
Depois, certamente, vai rolar um churrasquinho, e aí, na resenha, o “bicho vai pegar”: “perna de pau vai virar artilheiro”; “naquele tempo que era bom”; “hoje ninguém joga nada”; “se fosse hoje jogaria na seleção”; “a molecada só quer saber de computador e celular”; “a gente ia na carroceria de caminhão para jogar”; “hoje ninguém mais joga com raça”; “fulano era craque”. Enfim, a frase central das conversas “naquele tempo que era bom…”. Verdade, em tudo naquele tempo o nosso desempenho era bem melhor e mais eficiente.
A sorte é que “naquele tempo” nada era filmado e gravado e, desse modo, a conversa vai rolar livre e solta, o máximo que se tem do passado são fotografias, mas essas registram só os momentos e não as dinâmicas dos jogos. Por isso, a reunião será só de craques e não haverá como desmentir. Não haverá provas, apenas indícios…
A partir de 2050, Guiga e Breno, os filhos amados do Curvina, irão também se reunir com seus amigos, nossos filhos, em festejos de aniversários, e também vão dizer: “…bom era naquele tempo”. Só que aí haverá filmagens! Provas irrefutáveis. O churrasco e a resenha serão menos empolgantes…
– Parabéns, Curvina, pelo aniversário e por esta nova fase que se inicia, para sentir as dores e delícias da terceira idade. Nós, do Tênis Clube, estaremos sempre juntos com você.

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