EXISTE GUERRA JUSTA?

Publicado em 28/06/2025 00:06

Diante das guerras que o mundo passa resolvi escrever sobre a possibilidade ou não de uma ‘guerra justa ou injusta’.
O Direito, enquanto conjunto de normas jurídicas que regulam (faceta positivista), estuda (ciência) as relações sociais objetivando o compromisso de paz e acordo.
O Poder, por sua vez, representa o elemento de ‘luta’, ‘guerra’ e sujeição. Pode ser destruidor, entretanto, representar novas formas de sociedade humana.
O Direito, portanto, tem uma faceta estática de dizer o direito de acordo com o interesse do poder.
O Poder, portanto, “pode” ter uma face de “guerra”.
Quando o Poder produz guerra armada claramente, no meu sentir, revela crueldade e estupidez.
Agostinho falou em guerra ‘justa e injusta’, para a ‘salvação da cidade’.
Formulou as causas da guerra que são, segundo ele, políticas como, por exemplo, o ‘patriotismo’ exacerbado; econômicas, desejo desenfreado de ‘mais riquezas’; morais, luta das ‘paixões’ sem controle.
Para Tomás de Aquino, a guerra só é ‘justa’ se a declaração de guerra for formulada pela autoridade legítima, com justa causa e tiver ‘reta intenção’.
Lenin também achou ‘justa’ a guerra que fosse resultante da ‘luta de classes’.
Analisando-se na História, as guerras no passado, percebe-se que elas precederam de uma vantagem a quem a ‘declarou’ proporcionando proveito, portanto, a guerra é sempre preparada por esforço de quem tinha interesse na sua eclosão. Não é obra do acaso.
Percebe-se que quem quer a eclosão das guerras são homens perigosos ao mundo e à paz, que as realizam para execução de seus planos, seja em nome da ‘família’, da ‘pátria´ ou de Deus. Guerra é violência e o pensamento cristão (católico ou protestante) não pode aceitá-la. A paz é do direito, do poder moderno e do pensamento cristão e assim quem prega diferentemente proclama a violência e o desprezo à vida.
Assim, guerra não dá futuro, só a quem a elaborou. Pode até não ser do diabo, mas do Direito, do Poder moderno e de Deus a guerra não pertence e é extremamente injusta a humanidade. Portanto, a nosso ver e sentir, não existe guerra ‘justa’.

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