O CAPITAL FINANCEIRO
O antigo capitalista de “fábrica” (absolutamente produtivo) hoje está dando lugar ao “capital financeiro”. Essa nova forma de capitalismo não produz uma agulha, uma tilápia, um veículo.
E hoje, infelizmente, muitos desses capitalistas não percebem que são escravos do “capital financeiro”.
Aqui o capital e o trabalho sofrem juntos!
O professor Ladislau Dowbor escreveu sobre o “capitalismo financeiro” (improdutivo) e tratou da “rede do poder corporativo mundial”
Os números em si são muito impressionantes, e estão gerando impacto no mundo científico, e vão repercutir inevitavelmente no mundo político.
Os dados não só confirmam como agravam as afirmações dos movimentos de protesto que se referem ao 1% que brinca com os recursos dos outros 99%.
O New Scientist reproduz o comentário de um dos pesquisadores, Glattfelder, que resume a questão: “Com efeito, menos de 1% das empresas consegue controlar 40% de toda a rede”. E a maioria são instituições financeiras, entre as quais Barclays Bank, JPMorgan Chase&Co, Goldman Sachs e semelhantes
O caos financeiro planetário, em última instância, tem uma origem bastante clara, de poucos atores.
No pânico mundial gerado pela crise, debatem-se as políticas de austeridade, as dívidas públicas, a irresponsabilidade dos governos, deixando na sombra o ator principal, as instituições de intermediação financeira.
No início do pânico da crise financeira, em 2008, a publicação do FMI Finance & Development estampou na capa em letras garrafais a pergunta “Who’s in charge?”, insinuando que ninguém está coordenando nada. Para o bem ou para o mal, a pergunta está respondida.
Esta visão abre uma janela importante para a abordagem científica do poder global das corporações, com implicações óbvias para as ciências econômicas, políticas, sociais, de relações internacionais, e em particular para a compreensão dos mecanismos de concentração de renda no planeta.