PORTUGUÊS
Normalmente o descendente lusitano é chamado “português”.
Hoje quero lembrar um desses que, por muitos anos trabalhou em São Paulo, capital, e morou num apartamento, o 12, da Rua Guaianazes, juntamente com Lobão, Lobinho, Eduardo, o saudoso Lute, José Cândido e o Rubinho. E ali passávamos eu, meu irmão Gegê, Baianinho, Marcos Lázaro e Marcos Lacerda para conversarmos, tomar umas cervejinhas e jogar futebol.
Dentre todos que lá domiciliavam, o Antonio Carlos Peres Guilhen – o nosso Português – era o ponto de equilibro, pois não brigava e era fleumático e cordato.
Trabalhou em grandes empresas na capital nos anos 80 até que resolveu ir para Juína – MT, mas naquele Estado não deu muito certo. Então, com o trabalho do Edinho Araújo, o saudoso prefeito Cidinho Carrasco, além de nossa participação e de toda a Comissão de Emancipação, conseguimos emancipar Nova Canaã, que recebeu o nome de Nova Canaã Paulista, por sugestão do Cidinho e Carlão, que foi na época eleito prefeito e chama então para ser contador da nova cidade o nosso querido Português.
Ali em Nova Canaã encontrou sua cara metade Rose, com quem tem dois filhos e já chegando o segundo neto, aumentando a família. Foi, até sua aposentadoria, um excelente e dedicado profissional. Fez naquela urbe muitos amigos, juntamente com Amilton Rosa, o advogado da cidade. O saudoso Antenor Verati era o seu companheiro de todas as horas e para todos os lugares e bares.
Reencontrei esse “anjo terrestre” lusitano no Restaurante da Lucimara e do “Mozão”, no Loteamento Guanabara, assistindo ao jogo do Corinthians e Flamengo, domingo passado, e todos contra o Timão, mas só ele, numa jogada ou outra, parecia manifestar e torcer para um gol do Corinthians em solidariedade ao amigo que não encontrava há tempo.
Toninho, o nosso Português, é daquelas pessoas que tem paz no coração e a transmite a quem com ele convive, criando um clima de harmonia no ambiente e nas relações da raça humana. Coincidentemente seremos avôs de duas lindas meninas e são elas que têm potencial para mudar o mundo para melhor, pois no atual domínio dos homens é muita guerra e ambição.