TITO, EDVARD GARRIDO

Publicado em 17/05/2025 00:05

Ele se despediu de nós há 30 anos. Foi um homem que viveu a vida com paixão e dedicação ao esporte, principalmente ao futebol amador e sempre cumprindo os deveres profissionais.
Assim, ele conquistou títulos e deixou sua marca nos campos e inspirou gerações de atletas com um legado que perdura até hoje, pois os atletas que ele formou fazem parte da história de Três Fronteiras: Niquinha, o saudoso Nori, saudoso Danielzinho Binheli, Elvécio, Marquinhos, Antônio de Haro, saudoso Bim, Hélio, Zezinho, Edinho e singelamente este cronista e outros jogadores da cidade e também da região, a exemplo do Carlão (Brigite), João Laércio, Vanderlei e o saudoso Abrinha.
O Nivaldo Marim, com a morte de Tito, seu grande amigo, ficou de coração vazio, e ainda sabendo que ele foi se juntar ao saudoso Gersinho, cujas memórias permanecerão vivas, lembra-nos da importância da dedicação pelo esporte desses ícones e, a “molecada”, hoje treina prazerosamente no Centro Esportivo com o nome do Tito, pela feliz homenagem das autoridades trifronteirana.
. Tito teve uma carreira profissional brilhante: foi funcionário público na Prefeitura de Três Fronteiras, contador, sem mácula em sua história, sem intrigas, trazia união e nunca pisou em ninguém (dizia que isso era coisa de gente fraca e traumatizada), procurando laços férteis, compondo conflitos e deixando ambiente positivo, com plena capacidade de se colocar no lugar dos outros e entender suas perspectivas. Tito foi, na passagem terrena, empático e respeitador.
Ele era mais do que apenas um simples técnico. Sua presença nos campos da região era sempre marcante e sua personalidade carismática conquistava a todos.
Era um mentor e uma vez, já no início da partida, pedi para ser substituído e ele, fingia não ver os meus sinais e me deixou em campo e, no intervalo, me disse “ontem você foi no baile até a madrugada, agora vai ficar em campo, não vou te substituir”. Inacreditavelmente dei o passe de bola ao “Baianinho”, filho do Eugênio (de Santa Fé), que fez o gol da vitória, mas rastejava em campo, como “castigo”.
A vida de Tito foi marcada por momentos de glória, mas também por desafios e superações. Ele enfrentou adversidades com coragem e determinação e sempre encontrou uma maneira de se levantar e continuar.
Tito deixou uma família maravilhosa, a saudosa Dona Elza Rocha Garrido, que também faleceu em 2011, sua eterna companheira e parceira.
A Edna, sua querida filha, está junto de Deus.
O Serginho, filho mais velho, morando em Campinas, gerente em um restaurante e foi goleiro e, o pai, orientava o filho que se tornou um grande homem.
O Teco (Edward Garrido), outro filho, é funcionário público, trabalhando em Três Fronteiras, além de advogado e Teco faz lembrar do pai, a cada instante e especialmente na profissão já que vive a vida com intensidade e propósito. Tivesse Deus dada a oportunidade para o Tito ver o Teco advogado e seria a maior felicidade, aqui na Terra, porque certamente do céu dá uma espiadinha.
O nosso homenageado também é pai do Edvan, atualmente professor em Embu-Guaçu, o filho caçula. Todos, indistintamente, orgulham Tito.
Saudades, querido amigo, das pescarias e confesso até parei de pescar, despois de sua despedida, para mim você era um técnico inspirador e um homem de coração puro. Faz muita falta.

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