Agir drasticamente

Publicado em 18/03/2016 23:03

É preciso agir.
Dessa vez, não teoricamente ou de maneira argumentativa, mas na prática.
Neste momento, em que a pese o meu desejo de explanar o meu ponto de vista acerca dos vários acontecimentos recentes da política do país, que atravessa a maior crise moral de sua história, precisamos fazer algo que concretamente mandará uma mensagem aos nossos políticos.
Conforme estamos vendo, a corrupção em nosso país é endêmica, generalizada e não se restringe a um único partido, ou a determinada parcela exclusiva de políticos. Infelizmente, nós, brasileiros, vivenciamos a prática da corrupção todos os dias, nos mais variados níveis e formas que ela pode se manifestar. Inclusive entre nós mesmos, cidadãos comuns.
Primeiramente, é importante que isso fique claro.
No entanto, seria de uma presunção (para não dizer tolice) extrema acreditar que, em virtude dessa ampla manifestação da corrupção em nossa sociedade, “todos são iguais”, dando a entender, fatalmente, que todos somos corruptos.
Não é assim que funciona.
Banalizar o instituto da corrupção, que, por si só, já é o mais banal que se pode imaginar, não atua diretamente na resolução dos graves problemas que ela provoca, inclusive de ordem social e econômica, nem tem poder de fazer com que ela seja reprimida.
Talvez, para alguns, sirva apenas de “consolo moral” para escusar qualquer falha cometida por si mesmo, ou escolhas políticas sabidamente duvidosas feitas em detrimento de interesses próprios e individuais.
Não dá para aceitar tão pouco de si mesmo, diante do caos que estamos atravessando.
Por isso, quero agora convidar você a refletir sobre um ponto extremamente importante e relevante sob o ponto de vista prático: nós temos um grande poder de manifestação chamado voto.
Neste ano, pouco além da metade dele, poderemos utilizar mais uma vez este poder para, dessa vez, mandar um recado claro e uníssono aqueles que pretendem nos representar: nós cansamos da corrupção!
Uma das formas que visualizo para começarmos a atingir esse objetivo, que assim como qualquer direcionamento de causa demanda tempo para produzir resultados, é BOICOTANDO (NÃO VOTANDO) NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DESTE ANO TODOS OS PARTIDOS ENVOLVIDOS NOS RECENTES ESCÂNDALOS QUE VEM SENDO REVELADOS PELA POLÍCIA FEDERAL, MINISTÉRIO PÚBLICO E PODER JUDICIÁRIO, utilizando o nosso voto para DIZER NÃO A QUALQUER CANDIDATO DE ALGUMA DESSAS LEGENDAS.
Em especial, destaco três dos maiores partidos brasileiros, que, (não) coincidentemente, são também os três partidos mais citados nos escândalos recentes das investigações acerca da corrupção no país: PT, PMDB e PSDB; ESTES PARTIDOS NÃO MERECEM OS NOSSOS VOTOS, INDEPENDENTEMENTE DOS CANDIDATOS QUE APRESENTEM.
Claramente, ao adotar tal posicionamento, surgirão questionamentos da espécie: “então não devo votar em fulano de tal que está no PSDB/PT/PMDB mas é um bom candidato?”. A resposta, caro leitor, deve ser clara: NÃO!
O motivo também é muito claro: mesmo um bom candidato, em um partido ruim e corrupto, fortalece automaticamente a sua legenda ao ser eleito, contribuindo, assim, direta ou indiretamente, para que aquele partido obtenha cada vez mais meios de colocar as garras nos recursos públicos, em razão da representatividade que possuem.
Forcem os “bons candidatos” a procurarem “bons partidos” para merecerem o seu voto.
Não tenha medo. Faça isso. Compartilhe essa ideia.
Afinal: nós precisamos agir drasticamente!

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