“Agradecimento” ao digníssimo prefeito Armando Rossafa Garcia

Através desse texto, gostaria de “agradecer” profundamente o digníssimo prefeito da Estância Turística de Santa Fé do Sul, Armando Rossafa Garcia, por ter NEGADO a Secretaria de Cultura do município a verba solicitada para custear a minha participação como representante da cidade na Fase Estadual (final) do Mapa Cultural Paulista, na categoria Literatura/Crônica.
O Mapa Cultural Paulista é um dos mais importantes programas culturais do Estado de São Paulo, tendo sido criado em 1995 com o objetivo de fomentar as produções culturais do interior.
Ao todo, participam, por edição, em todas as sete categorias, mais de 1.400 selecionados, que representam as 13 regiões administrativas que compõe o Estado.
Na edição 2013/14 participei do evento e representei Santa Fé nas 3 categorias da expressão artística Literatura (Crônica, Conto e Poesia). Naquela oportunidade, não passei da Fase Regional, na qual competi com todos os escritores da região de São José do Rio Preto.
Nesta edição do Mapa (2015/16), resolvi focar minha participação em uma categoria apenas, a Crônica, a qual tenho maior intimidade, uma vez que há cerca de 4 anos sou colunista de O Jornal de Santa Fé do Sul, sendo esta a modalidade mais utilizada em meus textos.
Em outubro do último ano, tive a honra de ser selecionado na Fase Regional, tendo a oportunidade de poder, então, competir na Fase Estadual, a final do Mapa Cultural Paulista, que ocorre na capital do Estado.
Além disso, somente por ter sido selecionado para a final, já tenho minha participação garantida em uma obra produzida pela Abaçaí Cultura e Arte, responsável pela competição junto ao governo de São Paulo, que distribuíra milhares de cópias por todas as bibliotecas públicas estaduais, bem como demais locais públicos destinados a cultura.
Acreditei que a minha felicidade, que é dupla, por ter o meu trabalho reconhecido e por poder representar minha terra natal, seria também compartilhada e reconhecida pelo Executivo de Santa Fé do Sul, uma vez que para a minha participação na final do evento em São Paulo seria necessário que fosse custeada a minha viagem, bem como os demais gastos básicos atrelados a ela, como hospedagem e alimentação.
Nada fora do comum para aqueles que representam qualquer município em eventos deste gênero, bem como em outros, como os esportivos, por exemplo.
Contudo, no início da semana, fui informado pela competentíssima Secretaria de Cultura da cidade – através de seu secretário Beto Arcalá, bem como dos demais funcionários que sempre me apoiaram na participação do evento – de que seria difícil obter a ajuda junto a Prefeitura, e que, se ela viesse, seria relativa apenas ao custeio da viagem de ônibus até a capital.
Pacientemente aguardei a resposta, que anteontem veio de forma negativa para qualquer custo relativo ao evento.
“Não tenho dinheiro para gastar com isso”, disse o digníssimo prefeito.
No entanto, apesar do descrédito imenso que sinto neste momento por parte do Sr. Armando, gostaria de dizer a ele que o desabono dessa atitude não se reflete apenas em mim, mas em toda a cidade, de modo geral, bem como em toda a cultura do município, aliada a sua Educação.
Entendi(emos) o recado: para o Sr., cultura não importa.
Educação também não importe, talvez.
Então lhe agradeço por me deixar perceber isso.
Lhe agradeço por negar amparo a uma das áreas básicas da cidade/sociedade.
Lhe agradeço por negar a mão ao filho de uma terra que gosta de chamar de “sua”.
Lhe agradeço por me mostrar que é exatamente em razão de pessoas com o pensamento tão pequeno e mesquinho igual ao de Vossa Excelência, que continuarei meus estudos e projetos, que, um dia, com a graça de Deus, ajudarão a suprir a carência cultural, educacional e ética, que hoje é deixada por administradores deste mesmo porte e atitude.
Lhe agradeço, pois, assim como negou isto a mim, hoje vejo que negaria a um pobre menino do ensino fundamental que sonha em estudar, escrever e crescer na vida.
Obrigado por derrubar a sua máscara.
Eu não deixarei que a coloque de novo.