As respostas
Durante um curso que tive no trabalho, na última semana, o palestrante em dado momento surpreendeu a todos os presentes com a pergunta “por que eu gosto do meu trabalho?”.
A ideia era cada um ir até a frente e responder, com absoluto improviso, os motivos pelos quais gostava – ou não – de seu trabalho.
Gosto muito do meu trabalho, sem dúvidas. Mas, com a repentina pergunta, percebi que nunca havia parado para responder isso para mim mesmo, sequer. Então, percebi também que, muitas vezes, não nos questionamos sobre algumas coisas simplesmente porque achamos que sabemos a resposta.
A questão é: será que realmente sabemos?
Talvez se parássemos mais para entender os acontecimentos em nossa vida, nos questionássemos o porquê daquilo tudo, o que nos levou a tal situação, o que pensamos a respeito disso, e o que podemos fazer para mudar, as coisas poderiam começar a melhorar para nós, ou, no mínimo, tomaríamos verdadeiro conhecimento do motivo de algo estar ou não dando certo.
Acho que o caminho é por aí.
Colocarmo-nos mentalmente de frente com nós mesmos, e nos perguntarmos sobre coisas que achamos que sabemos a resposta, mas que, no momento em que realmente precisamos responder, podemos perceber que não é exatamente o que pensávamos.
O improviso para mim deu certo, respondi os motivos de amar meu trabalho com tamanha sinceridade, que surpreendentemente emocionei aos outros, e também a mim mesmo.
Contudo, depois que me sentei na cadeira comecei a imaginar dezenas de outros motivos para amar meu trabalho. Quando pensei melhor, encontrei centenas de motivos para amar Deus, minha família, meus amigos, e todas as pessoas a minha volta. Por fim, quando refleti a fundo sobre tudo, entendi que tenho milhares e milhares de motivos para me amar, e amar esta vida que, sem dúvidas, é uma dádiva concedida pelo Criador.
As melhores respostas para os homens não estão em livros, conselhos, ou na opinião alheia. Elas estarão sempre dentro de cada um deles, pois serão de acordo com os questionamentos que também existem dentro de cada um, e estes dificilmente se repetirão de um para o outro.