Crise: a lição do vendedor de cachorros-quentes

Publicado em 26/09/2015 00:09

São tempos de crise.
Ao ler a frase acima, creio que a maioria direcionou o pensamento para a questão da crise financeira, que, em virtude das irresponsabilidades do incompetente governo brasileiro, assola a nossa economia nacional.
No entanto, ao dizer sobre este tempo de crise, vou além e digo sobre a crise de confiança que atinge muitas pessoas.
Sou do seguinte pensamento que para quem tem visão estratégia, confiança e determinação, não há crise econômica alguma que possa desanimar.
Claro que o preço do dólar preocupa, bem como o aumento dos impostos, da taxa de desemprego e dos juros básicos.
Entretanto, apesar de todo o momento ruim que nos cerca, precisamos nos preencher de ânimo e confiança de que o nosso sucesso depende única e exclusivamente da nossa capacidade de inovar e empreender.
Não é questão de manter-se alheio e ignorar o momento econômico do país, mas sim de, apesar desse momento, acreditar na sua própria capacidade de vencer.
Isso me lembra aquela história de um homem que vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes. Ele não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia os melhores cachorros-quentes da região.
Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.
As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão e as melhores salsichas. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses.
O negócio prosperava…Os seus cachorros-quentes eram os melhores!
Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O miúdo cresceu e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.
Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, e teve uma séria conversa com o pai:
– Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. Há que economizar!
Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem, se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e internet, e acha isto, então só pode ter razão!
Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior).
Começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores). Para economizar, deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada. Abatido pela notícia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.
Tomadas essas ‘providências’, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis.
O negócio de cachorros-quentes do homem, que antes gerava recursos… faliu.
O pai, triste, disse ao filho: – Estavas certo filho, nós estamos no meio de uma grande crise.
E comentou com os amigos, orgulhoso:
– Bendita a hora em que pus o meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise…
Entenderam a ideia da história acima?
Precisamos, ao invés de ficar apenas lamentando pelo cenário econômico do país, fazer algo que possa melhorar a nossa realidade, lutando com todas as forças para se sobressair.
A crise mais perigosa é a de confiança, mas, dessa, por sorte, nós mesmos podemos escapar.
Acredite no seu trabalho. Confie em si mesmo.
E vamos trabalhar!

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