O remédio para o mundo
Será que é errado ser bom?
Às vezes, em meio a reflexões, normalmente, no domínio de uma mágoa qualquer, me faço essa tola pergunta.
A resposta é óbvia: sei que não, acredito que não, mas parece que o mundo joga mesmo esse questionamento para dentro de nós por algumas situações que ocasionalmente ocorrem.
Questionar algo tolo pode ser de grande preciosismo, pois nos permite exaltar a resposta, óbvia, como já dita.
E não se engane: você já se perguntou isso também. Sabe aquela história que o “bonzinho” só se ferra? Então, em meio a esse pensamento tenho certeza de que sua mente lançou a indagação:
vale a pena querer ser tão bom para o próximo?
A raiva, mágoa ou angústia responderam por você e disseram que não. Certo? O ressentimento lhe fez jurar endurecer, se fechar e repensar as atitudes.
A firmeza mascarada lhe fez acreditar nisso por algum tempo; mas, se você nasceu pra realmente ser isso, para ser bom, sei que logo desistiu de todas as ponderações. Sei por que já passei por isso.
Você faz tudo que pode, se dedica, desprende atenção, para depois ver cair por terra sua benigna atitude.
A gente deposita confiança e recebe como troco apenas a ignorância e desprezo de algumas pessoas, e isso nos tira, momentaneamente, toda a fé de que vale a pena ser bom. Mas é
passageiro, sem dúvidas.
Porque essa é a beleza de ser autenticamente bom: não esperar nada em troca.
Fazer o bem traz consigo esse dilema, o de nem sempre, ou quase nunca, receber a mesma atitude de volta para si mesmo.
Não que o mundo seja mal, ou que sejamos melhor que os outros. A questão é que nem todos compreendem que se fizermos cada um nossa parte, o resultado será abrangente o suficiente para mudar a realidade que vivemos.
Você compreende a questão agora?
Nós podemos mudar para o lado de ignorância e maldade, e ver cada vez mais gente agindo de tal maneira, até quem sabe quando o mundo suportar, ou continuar nos ideais de bondade e
tentar trazer o máximo de pessoas para o nosso lado.
O nosso lado é o do bem. É o lado de quem se importa. O lado que sai mais ferido, passa por muitas dificuldades, quebra a cara e sofre. Mas é o lado do bem, pois podemos perder uma, dez ou mil batalhas, mas, na guerra, para ver prevalecer a bondade, estamos sempre dispostos a continuar lutando, alternando qualquer breve lágrima por um insistente sorriso.
É assim que tem que ser.
Para cada tombo que a vida nos der, que levantemos com ainda mais vontade de fazer o bem, de acreditar em dias melhores, de tentar levar amor a vida das pessoas, pois é isso que pode mudar tudo a nossa volta.
Essa é a fórmula do remédio para o mundo: o amor, a bondade, Deus!