Tópicos da Semana – Edição 22/07/22
Por Lelo Sampaio
Bolsonaro x TSE
Após Jair Bolsonaro fazer uma série de acusações relacionadas ao sistema eleitoral em encontro com embaixadores na última segunda-feira (18), o TSE rebateu as falas. Em 20 pontos, a Corte Eleitoral compilou publicações da série “Fato ou boato”, uma parceria do Tribunal com agências de checagem, e desmentiu alegações do presidente em que critica o uso da urna eletrônica, por exemplo, e põe em xeque a segurança do processo eleitoral brasileiro, como foi publicado no Migalhas. O TSE também rebateu ataques direcionados aos ministros do TSE e do STF.
Gato e rato
Ainda segundo o site, Bolsonaro disse que apenas dois países do mundo usam sistema semelhante ao brasileiro. O TSE rebateu afirmando que além de Brasil, Butão e Bangladesh (que também utiliza cédulas de papel), os equipamentos utilizados pelo eleitorado de parte da França e dos Estados Unidos para realizar a escolha de representantes também não imprimem comprovante físico da votação.
Hacker
O Presidente também afirmou que um hacker teve acesso a tudo dentro do TSE. O TSE destacou que as investidas de hackers na época do pleito de 2020 não obtiveram sucesso, ou seja, o breve atraso na divulgação dos resultados do primeiro turno nada teve a ver com os ataques. Na verdade, o que aconteceu foi uma demora na entrega de um equipamento usado na totalização, fato que impediu os técnicos do Tribunal de realizarem os testes necessários.
Empresa terceirizada
O site também destacou que o Presidente afirmara que trata-se de uma empresa terceirizada que conta os votos. O TSE, por sua vez, pontuou que o sistema de totalização é feito no TSE e é apresentado as entidades fiscalizadoras com um ano de antecedência, bem como é lacrado em cerimônia pública. A totalização dos votos é feita em computadores localizados na sala-cofre do Tribunal, em Brasília.
Auditoria
Ainda de acordo com o Migalhas, Bolsonaro afirmou que o “ministro Fachin diz que auditoria não serve para questionar resultados”. O TSE rebateu dizendo que a frase foi retirada de contexto. A fala do ministro foi a seguinte: “Auditar trata-se de auditar os meios, instrumentos e procedimentos, e não veículo de uma preposição aberta direcionada aprioristicamente a rejeitar o resultado das urnas que por ventura retrate que a vontade do povo brasileiro é oposta aos interesses pessoais de um ou de outro candidato”.