A CARAPUÇA SERVIU?
Afinal para quem escrevemos nós? Esta é a pergunta que não quer calar. É a pergunta que ouço sempre que saio às ruas depois de uma crônica assim assim… Desaforada, ou como dizem… Feminista…
Crônicas são crônicas, tratam do cotidiano, do que acontece com qualquer um, nas melhores e piores famílias. Na minha, na sua, na do Lula.
Diz um ditado popular que raramente existe família que não possua uma puta, um ladrão ou um gay !!! Dizem…
Para quem os outros cronistas escrevem, não sei. Eu sei que eu escrevo para mim. É na página em branco que solto meus capetas, que invento minhas verdades e juro minhas mentiras. De vez em quando alguém acredita. Economizo no terapeuta.
Se você lê o que escrevo, o faz porque quer. Se chora ou ri comigo, bom pra nós dois. Se parou pra pensar se estou certa ou errada, “bão” também… Como disse um amigo meu essa semana:- “Você joga as ‘carapuças’ pro alto!”.
Eu não as chamaria de “carapuças”, chamaria de “iscas da consciência”. Se alguém as morde, ou se vestem as ditas “carapuças”, a culpa não é minha, mas eu confesso que me faz bem ao ego, principalmente se o peixe é de raça e a cabeça é pensante…
Sempre haverá um dedo em riste atirando a primeira pedra para o erro do outro e esquecendo que seu telhado é de vidro! Sempre haverá uma mulher traída com a genitália ardendo por vingança ou simplesmente com vontade de “dar” mesmo!!!
Os homens terão sempre a necessidade de escolher uma fêmea mais nova e “com tudo em cima” para garantir a perpetuação da espécie, justificando, assim, a safadeza masculina, e, em caso de dúvida, por que não duas ou três rolinhas?
Sempre haverá uma “Amélia” (mulher de verdade? Sem vaidade?) achando que esperar seu homem em casa com a janta pronta, o seu doce predileto e o pijama sobre a cama quando ele chegar com cheiro de cerveja é um dos mandamentos de Deus.
Pelo jeito, já faz parte do Hommo sapiens viver a melhor parte da sua vida afetiva e sexual dentro do armário, com seu verdadeiro amor, um outro homem ou mulher e a melhor parte da vida social e familiar com a mulher que ele escolheu para levar ao altar e que procura fazer feliz, dando-lhe um lar e filhos em troca de estatus.
Muitas pessoas continuarão assediando outras para seguir como gado marcado. Ou você faz o que todos fazem ou não vai ser feliz!!!
“Tipo assim”: – Noooooooooossa!!! Mas você não bebe? Ou então: “Cruuuuuuuuzes!!! Você ainda fuma?” E aí dá vontade de perguntar: “Caraca!!! E você continua falando mal da vida dos outros?“ Continua sendo falso com seus amigos e “passando a perna neles?”.
Nós não damos aos outros o direito de serem e viverem da maneira que quiserem, contaminando-se ou não conosco. Conheço pessoas que se divertem a noite inteira sem precisar de álcool, e outras que conviveram com as drogas sem tornarem-se usuários. Cada caso é um caso. Cada um com seu Cada Um, já dizia o seu Manel. Cada crônica é uma crônica. Essa pode ser a sua, ou a minha, ou de quem tiver a cabeça na medida certa!!!