Ano novo, planos ousados
Sempre que um ano novo inicia a maioria de nós se predispõe a novas realizações.
Eu já desisti desse tipo de coisa a partir da noite de 31 de dezembro de alguns anos atrás, quando dei por mim que nada muda depois que passa da meia noite e um novo ano começa.
Somos os mesmos todos os dias e deixamos de ser a partir de qualquer dia, qualquer momento de nossa vida, desde que haja um novo projeto, uma atitude diferente. Pensando assim, tomei a decisão de fazer novos projetos, novas promessas, qualquer coisa que possa modificar minha vida a partir de cada aniversário de números pares. Não me perguntem por quê. Só sei que terei pelo menos dois anos pela frente para realizar o que me propus.
Ao completar 60 anos no ano passado, tomei a decisão que era hora de cair de cabeça no que acredito. Lancei meu primeiro livro na marra e resolvi partir para o segundo, dando força às ideias ainda não amadurecidas de que a verdade, assim como a justiça, tarda, mas não falha.
Ao dividir meus planos com poucos amigos, fui estimulada por uns na mesma proporção que chamada de louca e ingênua por outros. Alguns ficaram calados e riram de mim por dentro.
Dividindo-me entre festas, confraternizações, visitas aos amigos e família, praia, eventos culturais e muitas horas de ócio, fui atrás da veracidade de um caso que me incomoda há muitos anos. Para isso, tive que dar uma de jornalista investigativa e meter o dedo em feridas e águas lamacentas das quais terei que remexer o fundo e levantar o lodo.
A verdade inegável é que, como diz o linguista, filósofo e cientista cognitivo Noam Chomsky: “Em um estado totalitário, não importa com o que as pessoas pensam, desde que o governo possa controlar pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de ilusões necessárias),marginalizando o público em geral ou reduzindo-o a alguma forma de apatia.” (Chomsky,N. 1993)
Esta inspiração me leva ao projeto dos próximos dois anos ou mais, através do qual acredito que as verdades são camufladas através de estratégias de manipulação em massa através dos meios de comunicação em massa. Muitos me chamarão de advogada do diabo. Que seja.