AUTOESTIMA EM BAIXA

Publicado em 27/08/2016 00:08

A autoestima é basicamente o juízo que fazemos de nós mesmos. Independentemente do que as pessoas pensam de nós, e sim o que nós pensamos que somos ou valemos.
O problema se dá quando ainda não amadurecemos o suficiente para ter certeza dos valores que nos transformam em quem realmente somos.
Esses valores são aprendidos principalmente dentro da família. Valores como ética, honestidade e lealdade, além dos valores culturais adquiridos na sociedade e na família. Quando existe um alicerce familiar fica mais fácil saber o que é certo e errado, mas nem sempre é fácil praticar o que se aprende.
E é aí que entra o perigo da baixa autoestima. Sabemos interiormente que devemos agir desta ou daquela maneira para ser a pessoa que queremos ser, mas, quando olhamos para nossa vida, ela se mostra completamente diferente e passamos a nos sentir inferiores e a tomar atitudes que nada têm a ver com o que aprendemos e consideramos certo.
Ser elogiada pela sua beleza, bom gosto ou talento faz muito bem ao seu ego, porém só alimenta a sua vaidade. Nada disso é consistente. Na verdade, sabemos que melhor que ser prestigiado por ser o chefe ou ter qualquer tipo de poder ou bens materiais é ser admirado pelo que você é, seus valores interiores e suas convicções na vida, principalmente quando faz o que sabe que é certo.
No entanto, a autoestima não é estável. O indivíduo pode ter uma alta autoestima durante grande parte de sua vida por ter realizado coisas boas, ter conseguido usar seus talentos na profissão e beneficiar de alguma forma os que estiveram à sua volta, mas, a certa altura da vida, resolve parar de produzir e mudar seu ritmo de vida, pois já fez o bastante. Isso pode ser suficiente para desencadear uma mudança de sentimentos, uma queda na autoestima e até mesmo depressão.
Muitas vezes a autoestima entra em baixa quando nos comparamos com alguém em outro patamar financeiro ou social, o que não quer dizer que não temos talentos ou valemos menos que essa ou aquela pessoa.
O que ajuda a não gostar de mim mesma pode ser o fato de estar insatisfeita com meu próprio comportamento e atitudes que, no íntimo, sei que não deveriam ser aquelas e que podem ser diferentes se eu decidir mudar o que não me agrada na minha vida.
Dizer da boca pra fora “eu me amo” e alardear isso muitas vezes não passa de propaganda enganosa.
Se achar inferior, embora seja uma pessoa interessante e com talentos reconhecidos, acaba fazendo com que uma pessoa acabe escolhendo seu parceiro (a) afetivo com sentimentos conflitantes e negativos, menos dotado (a) de virtudes morais e totalmente opostas a ela em questão de hábitos e gostos, embora ela insista que são feitos um para outro.
A boa parceria é aquela em que há sintonia nos valores, que nos levantam nos momentos difíceis e apreciam a mesma diversão e as mesmas companhias. Pode parecer monótono a princípio, mas viver fora de sintonia não leva nenhuma relação adiante. Nem a relação com outras pessoas e principalmente a nossa relação com o nosso eu.
Estar feliz é possível, mas ser feliz eternamente não passa de história da carochinha e quem acredita nessa história não consegue erguer sua autoestima nem mesmo com a ajuda de um guindaste.

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