BANHO DE ÁGUA FRIA
Falta do que fazer é realmente um problema sério. Parece que nos dias de hoje isso gera comportamentos no mínimo bizarros.
Por mais que se queira divulgar uma campanha de caráter sério, seja ela qual for, existem maneiras mais produtivas de chamar a atenção.
Os selfies pegaram mesmo. Alguns são de bom gosto, outros ultrapassam o limite do ridículo, mas quem sou eu pra criticar, pois só não faço selfie porque meu braço é curtinho… Já tem gente declarando que o braço cresceu uns três centímetros devido à prática. Vou praticar mais.
A verdade é que todos nós queremos nossos 15 minutos de fama, nem que seja pra apagar depois. Às vezes faço selfie das minhas rugas, mas nunca publiquei. Só não teria jamais coragem de buscar minutinhos de fama ao lado de um defunto famoso.
E a verdade é que foi isso que fizeram nossos políticos maucaratistas, safadistas e oportunistas. Eu nunca tive nada contra nem a favor da tal candidata à presidência Marina, mas ela não poderia ter sido mais infeliz ao posar descaradamente para câmeras e celulares no velório do ex-candidato e parceiro Eduardo Campos, aproveitando a oportunidade de campanha. Poderia ao menos ter feito cara de compungida carpideira. Não ia precisar de muito esforço.
E, por falar em cara disso ou daquilo, acho que entre muitas qualidades o candidato a um cargo público como o de presidente de uma nação deveria ao menos ter uma cara boa (como a do papa), que inspira sentimentos bons. É claro que aliado a isso esse candidato tem que: ser honesto, ter boa experiência política e administrativa, não ter histórico de corrupção, enriquecimento ilícito ou repentino, traquejo social e político, boa articulação, um mínimo de cultura e um rosto que, senão bonito, pelo menos que não assuste.
Afinal, essa pessoa será nossa representante no mundo inteiro. Será a cara do brasileiro durante, no mínimo, quatro anos. Mas cadê essa pessoa? Cadê? Cadê? Não achei entre os nossos candidatos. Só tem uma saída que encontrei: Pesquisar qual deles tem o maior número de atributos positivos e o peso desses atributos para um bom governo.
Não adianta ser bonito e ser safado ou corrupto (aliás, ser corrupto parece ser inerente ao político). Não adianta ser idealista, mas não ser articulado e coisa e tal. Cuidar das pererecas, mas esquecer a importância dos centros urbanos. É por aí! Só mesmo um balde de água fria pra acordar os brasileiros e um de esterco para caracterizar o mau político! Haja perfume francês depois, hein!