BOCA NO TROMBONE
Pare, meu amigo. Pense. Reflita. Analise seu passado e o que você está fazendo do seu presente. Analise seus valores sociais, éticos, espirituais. O que você já fez para deixar sua marca nessa cidade? Quantos empregos gerou ao longo desses anos em que aqui vive e espalha suas opiniões e lamentos? Quanta cultura e bons exemplos espalhou?
Nossos jovens se tornaram melhores em função das suas ideias? O futuro de pelo menos alguns deles se transformou, com a aquisição de bons empregos, quer seja na região ou até mesmo fora do Brasil? Aprenderam a aquecer a economia? Como vivem as pessoas com as quais você conviveu e ensinou o que sabia? Pare, pense, reflita!
O que você ofereceu para a sua cidade que não fosse reclamações e críticas? Fez algo memorável para que as coisas mudassem ou limitou-se a ser uma “sanguessuga” de instituições, partidos políticos, parlamentares, na prática sequencial e vitalícia de lobista profissional de carreira?
Antes de abrir a boca para criticar o que ainda não foi feito pela sua cidade e a sua população, ou o que está sendo feito erroneamente, pare, pense, reflita! Em quem você votou e a quem apoiava enquanto isso lhe trazia benefícios? Descobriu que eles não dão mais “coligação” com você? Por quê? A fonte secou? Acabaram-se os “conchavos”?
Seja frio e calculista consigo mesmo. Você vai fazer falta a essa população que você finge defender? Vão chorar sua falta? Vai fazer diferença quando o seu caixão baixar na laje fria?
Quantas vezes você levantou o trazeiro da sua cadeira ou da cama da amante para procurar saber quais eram e são ainda os problemas que afligem nosso povo? Esse povo que você finge que é do seu interesse social e político?
Infelizmente essa é uma análise que todo aquele que critica governos, associações, instituições e organizações, sejam elas governamentais ou não, deviam fazer a respeito da sua posição em relação ao povo e a sociedade em que vive.
E o que vemos é justamente o contrário! Indivíduos que sempre viveram à custa da máquina política, seja pelo dinheiro ou pelo poder, sem nunca ter feito algo digno do cargo exercido, voltam-se contra tudo e todos e falam, falam e falam, mas continuam sem produzir absolutamente nada. A não ser ranço e lodo de água parada.
Criticar é certo. É construtivo. Desde que você tenha um exemplo para oferecer. “Eu fiz. Sei que é possível fazer. Exijo que façam!” Essa é a postura daquele que “mete a boca”, mas já fez, já produziu, deixou frutos. Não deveria ser a atitude daquele que só critica porque não “mama” mais nas tetas que sempre lhe adoçaram a boca, e que não construiu nada que se aproveite nada de relevante.
Podem dizer que estou com a “macaca”, mas reflitam e ponham a mão na consciência – se é que ela existe – antes de atirarem as pedras do seu egocentrismo.
Estou cansada de ver a mixórdia engendrada por aqueles que se intitulam defensores do povo. Vai conversar com o povo primeiro e verifica se eles querem você como advogado e defensor. Talvez eles não queiram engolir seu papel de Robin Wood – que tirava dos ricos e dava aos pobres – pois já perceberam que o seu plano é tirar dos ricos e poderosos para fazer o seu “pé de meia”!