EM FESTA DE RODEIO NÃO DÁ PRA FICAR PARADO

Publicado em 11/04/2014 23:04

Eis que finalmente chega a semana de aniversário de Jales e, com ela, a tão esperada Festa de Peão, ou melhor, Facip – Feira Agropecuária, Comercial, Industrial e Pecuária -. É disso que o povo gosta e é isso que o povo quer. E a festa faz o povo mais feliz, principalmente depois da frustração de não ter havido a festa no ano passado e a tentativa de substituí-la por uma exposição, o que foi um vergonhoso fiasco.
É claro que existem aqueles que não gostam da feira. Dizem que a cidade fica sem dinheiro, pois todos gastam as economias em ingressos para shows, botas e comilança. Tem os que odeiam música sertaneja e tem os que são do contra pelo simples fato de ser. Não se pode agradar sempre gregos e troianos.
Não sou apaixonada por música sertaneja e tenho fobia de lugares com muita gente. Isso é fato. Mas, como cronista e observadora do comportamento humano, sou obrigada a dizer que uma festa que é tradicional em qualquer cidade faz bem aos cidadãos da mesma. Principalmente quando é bonita e bem feita, coloca a autoestima dos mesmos lá no alto.
Eu acho interessante quando ouço as pessoas reclamando que a festa de tal cidade é mais bonita, mais organizada e que tem melhores shows que a daqui. Todo mundo quer sentir orgulho do lugar onde mora. Até eu que não nasci aqui viro uma fera quando vejo que as necessidades básicas ou não da cidade vão mal. Tinha o maior orgulho de convidar meus amigos do Rio para vir conhecer esta cidade há quase trinta anos.
Eu dizia assim: “Vamos lá, as ruas são todas arborizadas e limpinhas, as pessoas passeiam nas praças, não faltam água nem luz. Em abril é o melhor mês. Tem o aniversário da cidade com uma feira maravilhosa. Pessoas da região toda vão lá visitar”! Sem saber, eu já sentia desde aquele tempo orgulho da cidade.
Hoje, depois de tantas falhas administrativas, desmandos políticos e inexistência de lideranças aqui, não arrisco passar vergonha e fazer nenhum convite. Por isso, hoje defendo a existência da feira. Ao saber quem seria o organizador, ousei convidar uma boa turma para vir conhecer o evento. “A festa vai ser boa, mas não repara a cidade”!- fui logo avisando.
Muita gente que conheço foi e é contra a Facip ser administrada e organizada pela empresa que vai fazer esse trabalho pelos próximos anos. Ouço todos eles, mas defendo a situação porque acredito no sucesso de que sempre deve haver terceirização para que coloque-se nas mãos de quem sabe, para que o trabalho seja bem feito.
Se a prefeita não atrapalhar e não começar com seus mandos e desmandos, a coisa vai funcionar.
Sou da opinião de que “quem sabe, sabe, quem não sabe bate palmas”.
Os invejosos alegam que o cara vai ganhar muito dinheiro. E se ganhar? Quem não tem competência, não se estabelece. Vai lá e faz melhor.
A verdade é que diversão faz parte de uma boa qualidade de vida. Rir, gritar com os artistas e vibrar com os peões faz parte da cultura da região e faz bem à saúde.
Seguuuuuuuuuuuuuuura, peão!

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