Prostituição infantil – De quem é a culpa?
Esse tema vem sendo abordado nos noticiários há muito tempo.
Eu mesma, aqui neste espaço, já dediquei várias linhas ao assunto em questão.
A gente sabe que o ser humano é imperfeito, cheio de vícios e desvios de conduta morais e psicológicas, mas existem comportamentos que são difíceis de entender e aceitar.
Tenho estudado sobre o tema e descobri que em certas culturas o relacionamento sexual com adolescentes é considerado normal e muitos estudiosos da área não consideram o fato um problema sexual. Que seja. Cultura é cultura e cada país tem a sua.
Mesmo no Brasil, é comum ainda hoje, principalmente nas regiões norte e nordeste, homens idosos comprarem meninas de famílias pobres na pré-adolescência. Trocam-nas por comida. Não é de se estranhar que aqui na região sudeste ou no sul as negociem por roupa, dinheiro ou qualquer outra moeda de troca.
Muitas pessoas alegam que são as jovens que as assediam. Não é bem assim. A mulher sempre foi considerada mercadoria pelo simples fato de ser mulher. Se for jovem, as carnes ainda duras, os seios protuberantes e a bunda bem ao gosto brasileiro vira mercadoria disputada no mercado. Se for virgem, então… Sobe o preço.
O problema é que os jovens de hoje (tanto do sexo feminino quanto masculino) se desenvolvem fisicamente muito mais rápido que há anos. São mais altos, mais robustos e, consequentemente, mais atrativos aos olhos de um pedófilo. Estes fatores, aliados à virgindade das meninas, aquece o comércio.
Existem verdadeiras máfias que traficam essas jovens e as colocam no mercado nacional e internacional, como era feito com os negros escravos algumas décadas atrás e ainda existe na área da prostituição.
No caso dos escravos, para serviços em geral, havia dominação física, e os mesmos eram propriedade dos senhores. No caso das jovens de até 12 anos, tudo acontece com a permissão dos progenitores ou responsáveis, na grande maioria dos casos. Quando não, são iludidas com promessas de emprego ou estudo.
Quem são os culpados? Primeiramente os pais, que permitem tal crime. Em segundo lugar, o Estado, que não coibi de maneira mais enérgica as quadrilhas e não divulga em padrões informativos e formativos os fatos reais à população exposta a estas práticas. Em terceiro, a sociedade, que vira o rosto e se omite diante de atitudes inaceitáveis de assédio às crianças e adolescentes.
Comportamentos passam a fazer parte da cultura de um povo, quando esse povo corrobora com atitudes que vão contra a moral, a ética e o respeito ao ser humano. Sejam esses comportamentos relativos ao assédio sexual, corrupção e outras atitudes.