Atual situação do comércio de Santa Fé do Sul
Tanto as reduções nas vendas, como a manutenção de estoques antigos causam efeito negativo no caixa para a economia local
Por Vinicius da Costa
A crise que paralisa a economia brasileira deixa um rastro de empresas desativadas.
Só no Estado de São Paulo, 4.451 indústrias fecharam as portas no ano passado, número 24% superior ao de 2014.
O quadro se estende por todo o País, formando uma legião de trabalhadores demitidos, e um cemitério de fábricas de variados setores, muitas delas fechadas definitivamente, algumas em busca de alternativas para voltar a operar e outras à espera de compradores.
A reportagem de O Jornal entrevistou o presidente da ACE – Associação Comercial –, Marcelo Vilela, sobre a atual situação do comércio de Santa Fé.
“Temos um setor comercial forte em Santa Fé do Sul, mas a preocupação é devido ao aumento de carga tributária ocorrido em todas as áreas governamentais. Na visão do empresário, o acréscimo de tributos, o consumidor desempregado e sem dinheiro para consumir têm inviabilizado novos investimentos”, relatou o presidente sobre a atual situação da cidade.
Tanto as reduções nas vendas, como a manutenção de estoques antigos, causam efeito negativo no caixa para a economia local.
Marcelo relatou que “é fato que a inflação influencia diretamente no bolso de todos nós, O problema é que a inflação mexe nos preços relativos, e, assim, dá ganhos para alguns e perdas para outros. Quando a inflação é superior ao aumento de salários, por exemplo, há perda de poder de compra da população assalariada, causando, assim, um declínio na economia local”.
De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – entre novembro e janeiro, a indústria brasileira fechou 1,131 milhão de vagas, número recorde para um trimestre.
“Não temos a informação de quantos comerciantes fecharam suas portas, pois abrangemos apenas uma fatia deste mercado; o que podemos afirmar é que hoje há uma infinidade de tabelas e mais de 20 faixas de valor de faturamento bruto que o empresário tem de observar mensalmente. Isso, na verdade, desfavorece o crescimento de qualquer empresa”, finalizou Marcelo Vilela.