Realizada a Semana Nacional de Doação de Órgãos
Em Santa Fé, há o serviço de captação de córneas através da Santa Casa de Misericórdia
Por Daniela Trombeta Dias
De 21 a 25 deste mês, foi realizada a Semana Nacional de Doação de Órgãos, campanha que é desenvolvida pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, cujo objetivo é o de sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos.
O trabalho, que é desenvolvido continuamente, mas intensificado durante estes sete dias, é realizado em parceria com o Ministério da Saúde, assim como com os governos estaduais e entidades médicas.
Para ser um doador de órgãos, é necessário que cada pessoa deixe sua família informada da decisão, visto que são os parentes mais próximos que decidirão se autorizam ou não a doação na ocasião da morte do doador, pois, de acordo com a legislação dos transplantes no Brasil, a doação deverá ser consentida pelo familiar de até 2º grau.
Embora já tenha melhorado bastante, a situação de quem necessita de transplante de órgãos no Brasil ainda é muito delicada. Atualmente, cerca de 28 mil brasileiros aguardam na fila de espera em todo País. De cada 10 pessoas abordadas, quatro se recusam a doar os órgãos de seus familiares.
A maior lista de espera é por um rim, haja vista que cerca de 20 mil pessoas aguardam pela doação do órgão. Em segundo lugar, estão os que precisam de transplante de córnea, aproximadamente seis mil pacientes. Na terceira posição está o fígado, com 1.300 pessoas na lista de espera, e, por último, coração e pulmão, com 200 e 170 respectivamente.
Em Santa Fé
A Santa Casa de Misericórdia realiza o Serviço de Captação de Córnea desde agosto do ano passado, uma comissão formada por cinco enfermeiros receberam capacitação para realizar o procedimento.
Após a retirada do globo ocular do doador, o mesmo é enviado para o Banco de Olhos de São José do Rio Preto, onde é retirada a córnea que será transplantada.
Desde o início do serviço até o momento já foram retirados e enviados para doação 30 globos oculares; porém 59 pacientes poderiam ter sido doadores, mas suas famílias não deram autorização.
Segundo a direção da Santa Casa, a maior dificuldade ainda é a autorização dos familiares sobre a doação.