Tópicos da Semana – Edição de 1/08/15.

Publicado em 1/08/2015 00:08

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge: Leandro Gusson (Tatto)

Charge 1-081Desfile Fashion Tênis
A 1ª Quermesse realizada pelo Santa Fé Tênis Clube, ocorrida no último sábado, 25 de julho, nas dependências daquele local, cujo intuito foi, além o de reativar suas atividades, angariar fundos para a término da reforma da churrasqueira e da sauna, bem como para a pintura externa do prédio, teve também um sucesso de público, haja vista que todas as 200 mesas disponibilizadas foram vendidas e, juntamente com o Leilão de Gado, foram angariados R$ 10 mil. Porém, muitos saíram de lá “rindo por dentro”, pois o local também serviu de palco para vários supostos pré-candidatos distribuírem abraços calorosos, beijos pra cá e pra lá e os famosos tapinhas nas costas.

E agora?
Tudo indica que de agora em diante será assim. Onde estiver o povo, lá estará o político mostrando os dentes, sempre pronto para tentar resolver o nosso problema. A questão é até quando vamos acreditar nas promessas não cumpridas e nos famosos adjutórios tão enraizados em nós, brasileiros.

Boa causa
É inegável que o trabalho que vem sendo feito pela mesa diretora do clube está mostrando bons resultados, seja na arrecadação de verbas para a melhoria do clube, seja nas ações para a captação de novos associados ou até mesmo pela “ressuscitação” dos tempos áureos daquele local, onde quase que semanalmente o santafessulense tinha atrativos ao seu alcance.

Díspar
Porém, voltando ao assunto das promessas eleitoreiras, tão logo as candidaturas tiverem se efetivado, choverá as famosas promessas de campanha, embora algumas já estejam acontecendo, como melhorias na saúde; no trânsito, no que tange as vagas para se estacionar na cidade; garantia de segurança pública etc e as redes sociais estão aí para nos mostrar, pois, na medida em que mostro o erro do outro, isso significa que não farei assim.

Que rei sou eu
É sempre bom lembrar que por mais “boa vontade” que nossos eleitos tenham, na grande maioria das vezes prometem coisas impossíveis de serem cumpridas em 4 anos de mandato, até porque, quando assumem seus cargos, muitas vezes se veem no papel de verdadeiros reis, daí percebem que o “buraco é mais em baixo”, uma vez que se deparam efetivamente com suas futuras atribuições, seja como vereadores ou até mesmo prefeitos, até porque muitos ainda não sabem do que é permitido realizar….isso para não fazermos uma lista do que já deixou de ser feito em nossas cidades e no País.

Mãos atadas
Hoje, o que acontece é que o prefeito vive de “pires nas mãos”, pois os governos Estadual e Federal levaram os recursos “pras cucuias”. Atualmente, os municípios estão vivendo das minguadas verbas oriundas desses governos que primeiro fazem suas distribuições de verbas para bem onde entendem e, só então, olham com cara de dó para os municípios, principalmente os menores.

Repasse
Em maio de 2014 o Governo Federal fez um acordo com os prefeitos que repassaria como recurso extra de 1% de toda a arrecadação do FPM, sendo 0,50 % em junho deste ano e 0,50% em julho de 2016. Acontece que este mesmo governo repassou somente 0,25% e, agora, os prefeitos estão se “vendo gregos” para honrar com seus compromissos, haja vista que já haviam contado com o ovo da galinha.

Vale tudo
Entretanto, em campanha eleitoral, o Brasil adotou nas últimas décadas a lei do “vale tudo”, vale desenterrar defunto morto; vale, mais do que apresentar seu plano de governo, mostrar os erros dos adversários; vale desavenças; vale brigas físicas, vale tomar muito café frio nas residências dos eleitores e ainda fazer cara de “ummm, que delícia”.

Dê-me um emprego aí!
Segundo dados do Gaged – Cadastro Geral dos Empregados e Desempregado – do Ministério do Trabalho, órgão que registra frequentemente as admissões e dispensas sob o regime da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho –, na região, Jales foi a única cidade a apresentar saldo positivo em termos de geração de emprego. Enquanto lá foram registradas 56 novas admissões, Santa Fé fechou com um saldo negativo de 25 novos desempregados; Fernandópolis, 156 e Votuporanga, 74 dispensas.

Melhoramos?
Porém, em sete anos e meio, com relação ao saldo de desempregos, Jales perdeu para todas as cidades citadas, gerando 2.320 postos de trabalho contra 8.405 em Votuporanga; 7.074, em Fernandópolis e 2.745 em Santa Fé.

Pedala, Dilma!!!
Desde que assumiu a presidência do País, ou seja, há 21 meses, o governo Dilma Rousseff atrasou por 21 meses repasses do Tesouro Nacional para a Caixa realizar o pagamento do seguro-desemprego, deixando o saldo do programa no vermelho. Essa manobra, chamada de “pedalada fiscal”, foi intensificada no ano de 2013 e só interrompida em outubro de 2014, às vésperas de a reeleição ser definida.

Cifras
No total, o saldo negativo do Governo com a Caixa chegou à cifra dos R$ 34,2 bilhões para pagar programas sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial, entre o início de 2011 e o mês de abril deste ano. Esses atrasos foram cobertos pelo banco, que evidentemente precisou usar recursos próprios.

E agora, José?
As “pedaladas fiscais” estão hoje no centro de um cabo de guerra entre Dilma e o Tribunal de Contas da União (TCU), que, por sua vez, avaliará se as irregularidades são motivo para a reprovação das contas de 2014 da presidente. A oposição espera um parecer da Corte pela rejeição para, então, embasar um pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

Ummm, sei!
Na noite de quarta-feira da semana passada, 22 de julho, o Governo entregou sua defesa no processo das “pedaladas fiscais” em tramitação no Tribunal de Contas da União. Embora esteja buscando evitar a rejeição de suas contas de 2014, que pode levar a uma ação por crime de responsabilidade, a presidente Dilma recorreu das mais diversas retóricas, em 1.013 páginas de texto, para tentar convencer os ministros da Corte que não contrariou a lei ao manobrar o orçamento a fim de distorcer a dura realidade contábil do governo.

Nada de má fé, acha?
A defesa de Dilma sustenta que os bancos públicos não emprestaram dinheiro à União, e sim prestaram um “serviço” ao pagar as despesas do governo. A alegação, no entanto, foi considerada frágil pelo Tribunal de Contas da União.

A solução é abandonar o Brasil?
A Receita Federal confirmou nesta semana que a emigração qualificada está em alta. Entre 2011 e 2015, o número de Declarações de Saída Definitiva do país, documento este que é apresentado ao Fisco por quem emigra de vez, subiu 67%. Em 2011, a Receita recebeu 7.956 declarações, 21 para cada dia do ano. Este ano, foram 13.288, numa média diária de 36. Onde vamos parar? Em Cuba?

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