Tópicos da Semana – Edição de 13/12/14
Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (Tatto)
Tromba-tromba
Desde os idos de 70 a molecada já costumava a se divertir muito com os carrinhos de tromba-tromba, um dos mais requisitados na Ficcap. Parece que o mais prazeroso era dirigir em “alta velocidade”, mas, principalmente, bater no “veículo” da paquera, pois isso era sinal que estávamos apaixonados, uma paixão inocente, inerente à idade.
No parque
O tromba-tromba também servia para se fazer manobras “radicais”, para “cacetar” o carrinho do amigo, só para ver-lhe enraivecido, dentro, é claro, do mais profundo respeito e brincadeira, e essa era a grande adrenalina da garotada, assim como ainda é hoje em dia, sendo, no decorrer de todos esses anos, o brinquedo predileto.
O trombra-tromba é aqui
Parece que o cruzamento da Avenida Conselheiro Antônio Prado com a Rua 10, próximo a Prefeitura de Santa Fé, virou um verdadeiro “ringue” de tromba-tromba, desde que o semáforo foi instalado em 2012, na gestão do ex-prefeito Antônio Carlos Favaleça. Para se ter uma ideia, já foram quatro acidentes, sendo dois graves, um com uma vítima.
Objetivo
O objetivo da instalação daquele equipamento foi exatamente o de diminuir os acidentes que vinham ocorrendo com bastante frequência no cruzamento da Conselheiro com a Rua 12, na esquina do Autoposto Ipiranga, pois, com o semáforo existente somente no entroncamento das duas avenidas principais da cidade, quem saía de Santa Fé sentido trevo excedia na velocidade, pois não havia nada que o impedisse e, assim, muitas vezes, acabava causando acidentes.
Nada de errado
O semáforo, aliás, não foi instalado ali de forma impensada, muito pelo contrário. O que se percebe é total falta de atenção por parte dos motoristas de uma forma geral, haja vista que existem ali todas as sinalizações necessárias, tanto de solo como as verticais.
O que há de errado?
O errado está exatamente no fato de muitos motoristas não respeitarem o referido sinal, como se estivessem cegos, ou que Avenida Conselheiro fosse uma pista de autódromo, mesmo ela tendo como limite de velocidade 40 km por hora. Muitos, entretanto, chegam a atingir 90 km de velocidade, ou seja, mais que o dobro permitido. Motociclistas, então, chegam a “voar”…
Trabalho efetivo
A Guarda Municipal de Santa Fé do Sul vem realizando um trabalho bastante eficiente no que se refere ao limite de velocidade, e, para tal, instalou, nesta semana, duas câmeras no cruzamento da avenida com a rua 12, sendo uma fixa e outra giratória e com alcance de 360º exatamente para coibir os excessos de velocidade. Embora a função da câmera não seja a de fiscalizar o trânsito, ela acaba fazendo com que muitos motoristas tirem o pé do acelerador e, na iminência de um registro de acidente, acaba sendo um instrumento pericial.
Mais trabalho
A Guarda Municipal de Santa Fé, juntamente com o Demutram – Departamento Municipal de Trânsito -, já realizou estudos para que seja feita a implantação de uma câmera exatamente no cruzamento da avenida com a Rua 10, e que provavelmente será instalada em janeiro.
Essa não!!!
O Governo Federal acaba de criar, através da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, um grupo de trabalho com o intuito de mapear e monitorar crimes contra os direitos humanos nas redes sociais, que irá “bisbilhotar”, em tempo real, milhões de mensagens postadas nas redes sociais, como o Facebook, Instagram, Youtube, Twitter e Flickr.
Crime
O grupo está sendo formado com o objetivo de “mapear e monitorar” crimes contra os direitos humanos nas redes sociais, sob os olhos atentos de diversos ministérios, inclusive da Polícia Federal, e utilizará informações fornecidas pelo Labic – Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura -, da Universidade Federal do Espírito Santo.
E a democracia?
Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica, e cultural da sociedade. Os cidadãos têm os direitos expressos, e os deveres de participar no sistema político que vai proteger seus direitos e sua liberdade.
Pois bem…
A questão é: quais serão os parâmetros de monitoramento? A piada de um pode soar com insulto a outro. O que provavelmente poderá deixar-nos tranquilos é saber que o Governo não tem competência para desenvolver softwares capazes de desenvolver tais tarefas com destreza e, mesmo que a tenha, se não temos mais “cadeiras” para bandidos, imaginemos então para quem é honesto nos pensamentos…