Tópicos da Semana – Edição de 14/11/15.

Publicado em 14/11/2015 00:11

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge: Leandro Gusson (Tatto)

Charge 14-11Paradeiro

 

A política de Santa Fé no que tange as eleições 2016 anda mais parada do que olhar de santo. Embora a oposição tenha afirmado que esse ou aquele sujeito seja o grande candidato, a bem da verdade é que, ao que tudo indica, um empresário bem sucedido, rico, mas com pouco traquejo político, seja a menina dos olhos do grupo.

 

Escondendo o ouro

 

Quando as grandes estrelas, como cantores internacionais, estão hospedadas em algum hotel antes de seus shows, geralmente uma grande multidão de fãs se aglomera as proximidades do local, seja para ver o ídolo, para ver o que está acontecendo ou até mesmo para torcer contra. Como tática, para sair do local e desviar a atenção do grande público, da mídia, colocam um dublê saindo pela porta da frente, enquanto o astro literalmente “vaza” pelos fundos, até o grande momento propriamente dito, sua aparição definitiva, o show, e é assim que nossa política local parece estar se manifestando.

 

Emplaca?

 

Não basta ter certos adjetivos monetários para ser um bom candidato. O fulano tem que ter, acima de tudo, carisma, estar com o povo, tomar café frio, abraçar gente suada que não ficou o dia todo dentro de uma sala com ar condicionado, ter história na cidade, até porque, neste momento de crise, ninguém vai apostar em alguém desconhecido, que existe simplesmente porque herdou uma boa herança familiar.

 

Outro lado

 

Por outro lado, ao que tudo indica, a disputa parece ser ainda entre os possíveis pré-candidatos Elena Rosa e Ademir Maschio. Resta saber se o povo os quer e quem dos dois é o preferido.

 

O quereres

 

Não basta uma ou outra pessoa preferir e querer que tal sujeito saia como candidato às eleições municipais. Precisamos ouvir o povo, saber de seus problemas, do que precisa ser feito, do que deve ou não ser continuado, até porque se formos mais uma vez pensar em nossos próprios umbigos, e não na cidade, poderemos dar com os burros n’água.

 

Paramos

 

O fato é que todos nós paramos diante dessa enorme crise que nos afeta. Investidores estão bem mais recatados, e quem tem dinheiro anda preferindo guardá-lo a sete chaves, até que essa tempestade passe, e a política da cidade, por sua vez, parece estar no mesmo caminho.

 

            Rolê…

Basta pegar o carro e andar pelo menos quinze quilômetros pela cidade que temos uma visão geral de como anda o nosso município. A primeira impressão é, contrariando os bicudos, de que a cidade está bastante limpa, até porque quase não se vê lixos nas ruas e calçadas.

 

Mas…

 

Porém, em determinados pontos de Santa Fé, nota-se que o asfalto está bastante danificado. A Prefeitura, por sua vez, afirma que quando todas as emendas saírem, Santa Fé será a cidade do asfalto, tamanha a quantidade de reivindicações.

Cinema mudo

 

            O anúncio de que o cinema de Santa Fé do Sul fechou temporariamente suas portas caiu como uma bomba na cidade. O fato é que, com a necessidade de aquisição de um projetor digital, haja vista que os filmes da atualidade não estão mais sendo rodados no sistema analógico, tornou-se inviável a vindas de novos filmes pra cá.

 

Reivindicação

 

Há cerca de dois anos, o vereador Fábio dos Reis Vicenzi, procurado pelo presidente do CIC, Jeter Carlos Romano Brachine, contatou o deputado estadual Carlão Pignatari informando-o da necessidade de uma verba de R$ 250 mil para a reforma do espaço e a compra do equipamento.

 

Nada veio

 

            O tempo passou e, ainda segundo Jeter, como o dinheiro, cuja emenda parlamentar já havia sido aprovada e amplamente divulgada pela mídia, não chegou, com recursos próprios, foram feitas algumas melhorias essenciais no prédio, como reforma do teto, reparo da tela e pintura, assim como a compra de aparelhos de ar-condicionado.

 

E nada de novo

 

Nesta semana, diante do anúncio do fechamento do cinema, mesmo que por tempo determinado, ou seja, até que o aparelho seja comprado, inúmeras pessoas se manifestaram nas redes sociais dizendo que a cidade está um lixo e etecetera e tal.

 

Cidadania

 

O santafessulense Carlos da Silva Junior, 18 anos, aluno do segundo ano do curso de Direito na Funec, deu uma verdadeira aula de cidadania ao comentar no Facebook, após ler inúmeras críticas, que “me entristeço ao ver as pessoas criticando a cidade ao saberem que o cinema fechará provisoriamente e, com isso, acabam ‘descendo a lenha’ na nossa Santa Fé. Imaginem se ao contrário do cinema, fosse uma escola ou o hospital a fechar suas portas!?”

 

Defesa justa

 

O jovem, em defesa do município, ainda continuou afirmando que “o cinema, pelo que soube, está fechando as portas por falta de um repasse estadual, ou federal, para a compra de nova máquina para reproduzir os filmes, visto que estes agora estão sendo disponibilizados em formato característico, o que necessita de máquina específica.

 

Catando latinhas…


Parece que mandou esses urubus catarem latinhas dizendo que “ao invés de gastarem vossos comentários nesta rede social ou pela própria boca, por favor, valorizem o que temos de melhor, mas sem esquecer de reivindicar o que precisa ser melhorado. Um povo que busca o melhor para si e para a sociedade, evolui junto, cresce junto e conquista junto.

 

Brilho próprio
Como se não bastasse, o aluno ainda retrucou, pedindo para alguns oposicionistas falarem bem do nosso Sonho de Natal, do nosso Parque Eco Turístico das Águas Claras, da nossa rede municipal de educação, que vem sendo destaque na infraestrutura e ensino, nas contas do município que, felizmente, estão se balanceando… Enfim, falem bem e trabalhem pelo bem.

 

Bom senso

 

Por vezes o povo de Santa Fé do Sul, não como um todo, mas parte, alguns por interesses pessoais ou grupais, outros porque gostam de exigir direitos, passa a exigir demais. Devemos ter em mente a crise e também saber que o orçamento é finito e as necessidades são infinitas. Precisamos, pois, ter bom sendo e equilíbrio ao avaliar as ações administrativas e a coisa pública, porque, para gastar e fazer festa alguém acaba tendo que pagar a conta, até porque não existe almoço gratuito – alguém paga a conta e quando há desperdício, geralmente sobra para o próprio povo.

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