Tópicos da Semana – Edição de 18/04/15.
Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (Tatto)
Minguou
A manifestação popular “Vem pra Rua”, ocorrida no último domingo, 12, nos 24 Estados e no Distrito Federal, na qual muitos brasileiros pediam pelo fim da corrupção no país, pelo impeachment da presidente da República Dilma Rousseff, dentre outras questões, não foi exatamente o que muitos brasileiros esperavam, uma vez que em todas as cidades brasileiras o número de manifestantes foi bem inferior ao do mês passado.
Qué passa?
A questão é que muita gente esperava que o domingo fosse o grande dia para o povo conseguir o que tanto vem lutando. Por um lado, temos um país com a economia em baixa, inflação já quase sem controle, alto nível de desemprego e escassez de bens básicos, como a saúde e educação. Por outro, uma grandessíssima maioria de brasileiros satisfeitos com os programas sociais, como o Bolsa Família, cujo valor é de R$ 280,00.
Em Santa Fé
Em Santa Fé do Sul, em março deste ano pelo menos 2 mil pessoas foram às ruas para gritar “fora Dilma”, e resta agora saber onde esses pessoas ficaram no domingo, pois o número não passou de 200 manifestantes.
Será?
Será que os brasileiros já foram vencidos pelo cansaço ou entenderam que insistir em algo como impeachment – que muitos juristas e políticos dizem não ter fundamento constitucional – seria mais uma vingança pelas derrotas nas urnas, uma retaliação de uma porfia política, entendendo que temos que desarmar os palanques e trabalhar pela cidade, pelo Estado e pelo País?
Análise
Segundo cientista político e professor da UFScar – Universidade Federal de São Carlos –, Fernando Antônio Azevedo, o fato de as manifestações terem sido menores ainda não é um sinal de que a crise passou, até porque, para ele, “são coisas que demandam tempo, e que antes de 2016, 2017 não teremos um quadro favorável nesse cenário. Por outro lado, o escândalo da Petrobras e o seu desdobramento jogarão também um peso importante na avaliação do governo”.
Derrame seu ódio
Parece que figurinhas retrógadas, como Jair Bolsonaro, Ronaldo Caiado, dentre outros, estão indo às ruas agora para derramar seu ódio e preconceito, incitando a crimes e fazendo apologia de volta à ditadura, dentre outras palavras de ordem que representam a falta de consciência política e o retrocesso, até porque o ódio e preconceito não leva ninguém a nada, muito menos um País, se não à guerra e ao conflito.
Entonces
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e publicada na segunda-feira, 13, indicou que a popularidade da presidente e o apoio ao governo se encontram num patamar baixíssimo e que o desgaste do apoio político atingiu todos os segmentos do eleitorado, inclusive as camadas e regiões que até as eleições do ano passado apoiavam Dilma.
Grana curta
O dinheiro está curto e os preços, mais caros. Por isso, o que se percebe é que as pessoas estão comprando menos, queiram ou não alguns defensores do atual Governo. O fato é que estamos passando por uma grande crise econômica.
Carrinho menor
A primeira coisa que o consumidor faz quando chega a um supermercado é escolher o carrinho, e isso depende muito do tamanho da compra. No ano passado, quando o consumidor entrava, pegava um carrinho. Mas isso mudou e neste ano as pessoas estão preferindo um carrinho menor, principalmente porque reduziram o consumo de vários produtos.
Pesquisa
Segundo uma pesquisa do instituto Nielsen, o consumo de alimentos está crescendo menos. No primeiro bimestre de 2014, a alta foi de 7%. Neste ano, aumentou apenas 1,2%. O consumidor reduziu o consumo de produtos básicos, como pão, macarrão e farinha de trigo, e isso vem acontecendo porque as pessoas já estão com boa parte da renda comprometida com dívidas.
Classe C
Agora, a Classe C terá que pensar um pouco mais no que irá continuar consumindo, o que poderá cortar e o que poderá migrar por uma marca mais barata, com uma opção de preço talvez um pouco mais branda dentro da própria marca.
Vai ter que rebolar
As pessoas acabam olhando uma marca, talvez não aquela que é da melhor que compravam, que era mais cara. Estão comprando algo “parecido” e, com isso, vamos sendo obrigados a nos adaptar as mudanças dos preços.
Comparação
No primeiro bimestre de 2014, a alta foi de 7%. Neste ano, aumentou apenas 1,2%. Muitas pessoas têm cortado não somente o supérfluo da lista de compras, mas também os básicos, como o pão, macarrão e farinha de trigo, dentre outros produtos essenciais e, com isso, a grande maioria terá que repensar suas compras, seja no que se refere à corte de itens, seja na escolha de produtos de outras marcas mais baratas.
Gay
A Rede Globo de Televisão irá promover um debate entre o ex-BBB e hoje deputado federal Jean Wyllys, e o pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Vitória em Cristo. O programa será comandado por Pedro Bial, na quarta edição “Na Moral”, que deverá ser gravado hoje, 18, e exibido na próxima quinta-feira, dia 23. Parece que vem muita confusão por aí…
Ficcap
Será que teremos aí o recinto da Ficcap todo pintado de amarelo, com bons shows e de portões abertos, e daí determinadas pessoas dizendo: Estão vendo? Nós fizemos a festa e somos os melhores para Santa Fé do Sul. Ah, me engana que eu gosto!!!