Tópicos da Semana – Edição de 22/11/14
Por Mario Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (tatto)
Neste ano a Câmara Municipal de Santa Fé do Sul já realizou 16 sessões ordinárias, 9 extraordinárias e 2 solenes, totalizando, assim, 27. A primeira ocorreu no dia 11 de janeiro e a última deu-se no dia 11 deste mês.
Nossos vereadores
Nossa Câmara é composta por 9 vereadores, cujo salário é de R$ 3.187,74, exceto o do presidente da Câmara, que é de R$ 4.144,51. Aqui, temos 5 vereadores da situação e 4 da oposição. Entretanto, o que temos percebido é que o trabalho mais efetivo tem sido feito por parte da oposição, haja vista que o número de indicações é maior, ou seja, 187, contra 165 da situação. Se somarmos com os requerimentos, moções de aplauso e de repúdio, a oposição, mesmo assim, continua mostrando mais trabalho, totalizando 272 da oposição, contra 230 da situação.
Requerimento x Indicação
O requerimento é um tipo de proposição usada pelo parlamentar para pedir ao Executivo alguma informação, providência ou documento. Já a indicação é entendida por uma proposição em que o vereador sugere ao prefeito alguma medida de interesse público.
Situação x oposição
Temos, assim, mais requerimentos e mais indicações vindos da oposição. Mesmo que não haja tantos requerimentos, é importante que os vereadores, principalmente os que foram eleitos com um grande número de votos, apresentem mais indicações, uma vez que elas representam, na verdade, os anseios e necessidades do povo.
Quem somos
Aproveitando o ensejo de termos inaugurado ontem mais uma edição do Projeto Sonho de Natal, ocasião em que muitas pessoas estiveram na Praça Salles Filho, local que abriga o principal palco das atividades culturais a céu aberto da cidade, e, já inebriados pelo clima natalino, talvez seja o momento propício para refletirmos quem somos nós, santafessulenses.
Oras bolas
Somos um povo extremamente receptivo, alegre e acolhedor. Somos uma gente festeira, que papeia com os vizinhos, faz churrascos aos finais de semana, recebe pessoas em casa e é recebida, na grande maioria das vezes, da mesma forma; somos um povo que, no fundo do coração, ama esta terra abençoada que ainda (e tomara que nunca o seja) não foi contaminada por pessoas que, devido ao corre-corre do dia a dia, sequer olham ao seu redor e muito menos se cumprimentam.
De quem somos?
Santa Fé do Sul não é de João, de Pedro, de Maria, de algum vereador, prefeito, deputado, governador etc etc etc. Temos donos, sim, nós mesmos, pagadores de impostos, cumpridores de nossos deveres e obrigações, e não podemos jamais deixar que esse ou aquele indivíduo, supostamente dono do poder, acredite ser o detentor de todas as coisas da cidade.
Opa…
Segundo o poeta Augusto Branco, “Ao homem vil que se apropria do que não é seu, até o que não possui lhe será tirado. Mas ao homem bom e honesto, muitas glórias lhes são reservadas. Por isso, não te aproprie do que te foi entregue por engano”.
Dai a César o que é de César…
A concepção de “A César o que é César” é o início de uma frase atribuída a Jesus nos evangelhos sinóticos, onde se lê “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» (Mateus 22:21), uma espécie de resumo da relação entre o cristianismo a autoridade secular. Na mensagem original, ela apareceu como resposta a uma questão sobre se seria lícito para um judeu pagar impostos a César e dá margem a múltiplas interpretações sobre em que circunstâncias seria desejável para um cristão se submeter à autoridade terrena.
Cores
Não somos azuis, amarelos, vermelhos, brancos…Somos, acima de tudo, ou pelo menos deveríamos ser, amantes da nossa cidade, da nossa gente e o de que possuímos. Partidos políticos, todos os compactuam, ideais, também; porém, quando trata-se do bem comum, não podemos denigrir a nossa própria imagem, muito pelo contrário, devemos ressaltar o que temos de bom e o quanto somos bons naquilo que fazemos.
Logo ali, ó…
Nossa cidade não termina no trevo, e, sim, faz parte de um contexto regional, de todo o País e até do mundo todo, evidentemente. Se olharmos mais de perto o que temos por aí afora, veremos que estamos muito bem e no caminho certo e do progresso, e isso é comprovado através dos números, pois, a cada mês são aprovados pela Prefeitura cerca de 30 projetos de obras, sejam eles residenciais ou comerciais. Possuímos uma Educação invejável, com excelente estrutura, desde ao quadro de professores a qualidade da merenda oferecida, e isso para citar somente alguns setores do município.
Nós
Fundada em 24 de junho de 1948, Santa Fé teve sua emancipação política 1953, tendo o seu nome escolhido por coincidir com as iniciais de Sales Filho que, eleito deputado estadual em 1950, juntamente com outros parlamentares, conseguiram a elevação do povoado à condição de município. A partícula “do Sul” foi acrescentada por lei, pois havia no Rio Grande Norte uma vila com o mesmo nome – Santa Fé.
Governantes
Dos doze prefeitos que a cidade já teve, Alberto Pacheco – 1955 a 1958 -, Deraldo da Silva Prado – 1959 a 1962 -, Thomaz Monte Vicente – 1963 a 1966, Jerônimo de Paula – 1967 a 1970 – e 1974 a 1976 -, Ettore Bottura – 1971 a 1973 -, Edinho Araújo – 1977 a 1982 -, Antônio Carlos de Camargo – 1982 (que substituiu Edinho, que, por sua vez, se afastou para ser candidato a deputado estadual) -, José Ricardo de Andrade – 1983 a 1988 -, Armando Rossafa – 1989 a 1992 -, Itamar Borges – 1993 a 1996 -, Antônio Carlos Favaleça – 1997 a 2000 -, Itamar Borges – 2001 a 2004 e 2005 a 2008 -, Arlindo Sutto – 11 a 20 de maio de 2007 (que substituiu o então prefeito Itamar para que o mesmo fizesse uma viagem a Itália) -, Antonio Carlos Favaleça – 2009 a 2012 – e, agora, Armando Rossafa, três já não estão aqui entre nós, Alberto Pacheco (falecido em 26 de junho de 1979), Deraldo da Silva Prado (falecido no dia 3 de dezembro de 1964) e Jerônimo de Paula (falecido em 20 de novembro de 2007).
Ditadura
Pacheco, Deraldo, Jeromão, Bottura, Edinho, Camargo e Ricardinho chegaram a governar a cidade sob o regime militar, embora José Ricardo de Andrade tenha somente passado pela “tormenta” por um ano e pouco, e, durante todo o período, instaurado em 1º de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985, e, naquela época, de puro regime político de ditadura, tudo era muito mais difícil, não havendo deputados subindo em palanques e esparramando emendas. Os prefeitos, as duras custas, por usa vez, tinha que buscar recursos na capital.
Quem?
Quem sem lembra dos prefeitos Alberto Pacheco, quem sabe onde fica a rua Deraldo da Silva Prado, quem se recorda do saudoso prefeito Jeromão, que muito fez por nossa cidade, e quem hoje se lembra de uma das figuras mais importantes de Santa Fé, senão a maior, Dr. Hélio de Oliveira?
O que levaram?
Daqui nada levaram, embora cada um tenha sido muito importante para a construção e desenvolvimento de nossa cidade. Por isso, não batamos no peito ao subir aos palanques da vida, dizendo que isso ou aquilo é nosso. Nada daqui é nosso, pois daqui nada levaremos. Muitos que se foram fizeram muito por amor a nossa cidade, como o grande desbravador e um dos fundadores Dr. Hélio de Oliveira; porém, outros, com os peitos de pombos e egos inflados ainda insistem em dizer que a cidade pertence a eles. Epa!!!