Tópicos da Semana – Edição de 23/01/16
Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (Tatto)
A grama do vizinho é sempre mais verde
Acharmos que a grama do vizinho é mais verde do que a nossa é algo que pode ser traduzido em um termo mais claro: inveja. Sim, olhar para algo que pertence à outra pessoa e nos sentirmos mal porque ela tem algo melhor do que o que temos. Ou que não temos. A definição budista sobre a inveja é que ela é uma sensação desagradável que se tem quando se observa pessoas experimentando prazer, virtude ou boa sorte.
Na contramão
Temos observado que algumas pessoas da cidade vêm fazendo um movimento contrário para que o CarnaPeão, evento a ser realizado durante as cinco noites de Carnaval, entre os dias 5 e 9 de fevereiro, não obtenha sucesso. Oras, ao invés de valorizarem o que é nosso, da nossa cidade, preferem ir para uma cidade vizinha, pois, para eles, é lá que “vai rolar a festa”, como dizem.
Inveja
Uma das características da inveja é voltar nosso olhar para as outras pessoas, focando em coisas e características delas que gostaríamos de ter. Se inveja é sentir desconforto quando outros sentem prazer ou boa sorte, o que isso diz sobre nós? A grama do vizinho é mesmo mais verde? E por que nos importamos tanto com esse tipo de coisa? Porque não olhamos o que temos de bom?
Merecimento?
Segundo o rabino Nilton Bonder, em seu livro “A Cabala da Inveja”, a inveja não só nos deixa incomodados com as vantagens que alguém recebe, como também nos faz criar “enormes estruturas de injustiça em nossas mentes”. Além de nos sentirmos mal com o sucesso do outro, criamos uma explicação do porquê disso ter acontecido com ele, e não conosco. Deduzimos, inconscientemente, que éramos nós os verdadeiros merecedores de tais benesses. Nos sentimos deixados de lado, esquecidos pelo Universo.
Quem será?
Anteontem, 21, na Sala de Reuniões da Prefeitura de Santa Fé, houve a sessão pública de Julgamento da documentação de habilitação da Concorrência Pública n. 09/2.015, que objetiva a Permissão de uso a título precário e oneroso do espaço público denominado Recinto de Exposições “Dr. Rodolfo Abdo”, para a realização de evento contemplando Rodeio e Shows Musicais como principais atrações, no mês de junho de 2016. Foram habilitadas as empresas Graziela Bradassio Giacometti Prates ME, Absolut Eventos LTDA – ME, BX Promotora de Eventos LTDA ME e Kally Produções e Musical, já que os documentos apresentados pelos referidos licitantes cumpriram com os requisitos solicitados no item 8 do referido Edital.
Empresas inabilitadas
Foram inabilitadas as empresas Helder Arcanjo Teixeira Eireli ME e Águia Negócios e Part. LTDA ME, por não terem comprovado a devida habilitação no quesito comprovação de qualificação técnica. Assim, sendo, resta agora aguardar o prazo recursal de 5 dias úteis, contados a partir de 26 de janeiro, para a interposição de recursos e, exaurido o prazo previsto, sem ter havido manifestação por parte das proponentes, os envelopes dos licitantes contendo as propostas comerciais referentes ao certame serão abertos no dia 3/02/2016, às 9:00 horas, no mesmo local, desconsiderando-se essa data, em caso de interposição de recursos, ou ainda, caso não tenham sido julgados os recursos interpostos.
Pibinho
O FMI – Fundo Monetário Internacional – piorou a perspectiva de queda da economia brasileira em 2016 e não vê mais retomada do crescimento em 2017, como era previsto pela entidade em outubro. A piora na economia brasileira vai pesar sobre a economia mundial como um todo, segundo o fundo. O PIB – Produto Interno Bruto – do Brasil deve sofrer queda de 3,5% este ano.
Antes
Em outubro passado, a projeção era de contração de 1%. Isso depois de ter encolhido 3,8% em 2015, em estimativa também revisada para baixo (a queda prevista antes era de 3%), segundo atualização do relatório “Perspectiva Econômica Global” divulgada na última terça-feira, 19.
Pior ainda?
Já em 2017, o FMI aponta que o Brasil deve registrar estagnação econômica – crescimento zero –, em vez da expansão de 2,3% esperada antes.
A entidade cita em relação ao País “a recessão causada pela incerteza política e contínuas repercussões da investigação na Petrobras”, o que está sendo mais profundo e prolongado do que se esperava. Com isso, o desempenho da economia brasileira fica bem aquém da região de América Latina e Caribe como um todo, cujas expectativas são de recuo de 0,3% do PIB em 2016 e crescimento de 1,6% no ano seguinte.