Tópicos da Semana – Edição de 23/04/16.

Publicado em 23/04/2016 00:04

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge: Leandro Gusson (Tatto)

Charge 23-04Agora vai…

Considerando o julgamento do Mandado de Segurança impetrado pela empresa Graziela Bradassio Giacometti Prates, que concedeu a ordem para anular o processo licitatório desde a inabilitação da empresa, e declarou habilitada a participar da próxima fase do certame, ou seja, a abertura do segundo envelope, bem como despacho do prefeito de Santa Fé, Armando Rossafa, na próxima terça-feira, na Sala de Reuniões da Prefeitura, ocorrerá, enfim, a abertura do segundo envelope da empresa citada.

Oferta

Ao que tudo indica, através de informações dos próprios funcionários da empresa, o valor ofertado foi (e será) superior ao homologado anteriormente. Sendo Assim, como já foi comprovada que a documentação apresentada pela Prates está dentro dos padrões exigidos pelo edital, a vencedora será a empresa Prates.

Shows

Ainda segundo eles, a grande preocupação agora será com relação à grade de shows, haja vista que no mês de junho a maioria dos artistas se apresenta nas diversas festas de São João que ocorrem no Nordeste do País. Porém, de acordo com funcionários, da Prates, desde o momento em que o mandado de segurança foi concedido a empresa, a mesma  iniciou os trabalhos para as possíveis contratações.

Ah, se a moda pega!

Imaginemos que, a partir de gora, diante de qualquer adversidade, seja ela de cunho político, social, cultural, econômico ou condição sexual, cuspamos na cara do outro. A que ponto nossos parlamentares chegaram, pois, por divergências de pensamentos, embora acreditemos serem os dois lados da mesma moeda, saíram por aí um dando cusparada na cara do outro.

Deu a loka!

O deputado federal Jean Wyllys, do PSOL-RJ, disse que realmente cuspiu em direção a seu colega Jair Bolsonaro, do PSC-RJ, e afirmou que faria de novo. “Eu cuspiria na cara dele quantas vezes eu quisesse”, declarou. O deputado afirmou não temer ser processado. Disse ter sido ‘insultado’ por Bolsonaro.

Facista?

Falou ele que, no momento em que foi votar, “esse canalha decidiu me insultar na saída e tentar agarrar meu braço; ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando eu vi o insulto, eu devolvi com um cuspe na cara dele, que é o que ele merece”, afirmou.

Inédito

Pois é, enquanto os trabalhadores deste Brasil varonil estavam comodamente em suas casas (os que as têm, evidentemente), assistindo a votação do processo de cassação contra a presidente Dilma Roussef, ocorrido no último domingo, 17, os parlamentares, talvez na primeira história deste País, trabalharam ‘muito’, e mais, em pleno domingo. De sexta-feira a domingo, para acelerar o rito do impeachment, Cunha abriu uma sessão que durou 43 horas ininterruptas.

Blá, blá, blás…

A sessão da Câmara que determinou o envio do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ao Senado foi marcada por discursos evocando Deus e por homenagens a familiares, principalmente filhos, esposas e netos. O termo ‘voto’, campeão, foi proferido quase mil vezes – a maioria delas no final dos discursos, quando os parlamentares anunciaram sua posição em relação ao andamento do processo.

Oh, Deus!!!

O levantamento das menções nos discursos foi feito levando em conta apenas o período de voto. Foram 58 menções a Deus nas falas de 50 deputados federais (quase 10% da Casa). O próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o evocou ao dar o seu “sim”. “Que Deus tenha misericórdia desta Nação”, afirmou. O número de citações a Deus fez o deputado Patrus Ananias (PT-MG) criticar os colegas ao dizer que “jamais viu e ouviu tantas afrontas ao segundo mandamento da lei de Deus” – o que prega que seu nome não seja tomado em vão.

Oh, família!!!

A palavra ‘família’ também foi bastante proferida assim que teve início a votação – mais de 110 vezes –. Os filhos foram utilizados como justificativa para o voto por 72 parlamentares, que também fizeram homenagens a pais, esposas e netos.

O deputado Marcelo Álvaro Antônio (PR-MG) chegou a voltar ao microfone, quatro deputados após sua fala, para dizer que havia esquecido de “mandar um abraço” para o filho.

Pois bem…

De acordo uma pesquisa realizada, 97% dos deputados que citaram suas famílias têm amantes em Brasília, bem longe de suas mulheres. Deste total, 54% têm mais de uma. A pesquisa apurou também que os deputados que citam Deus na hora do voto desviaram mais verbas do que aqueles que não citaram qualquer coisa, apenas a democracia.

Golpe!!!

O termo ‘golpe’ foi utilizado 96 vezes. Pelo menos 57 deputados usaram o bordão “não ao golpe” ao se declarar contra o impeachment. Apenas o deputado João Daniel (PT-SE) utilizou o termo seis vezes durante a fala. Outros sete deputados, por sua vez, ao fazer a defesa do “sim”, declararam que o processo é constitucional e não se trata de um golpe.
Tô mole

Os deputados estão de feriado prolongado. Em a segunda-feira, a terça e a quarta com o feriado de Tiradentes, na quinta, e o fim de semana. Após a votação da noite de domingo, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que não haveria sessões deliberativas nos três dias seguintes, apenas as não deliberativas (quando não há votações nem contagem de ausentes). Muitos parlamentares, então, mais do rapidamente, levantaram voo para seus estados na segunda-feira mesmo, enquanto nós sequer sabemos que rumo tomar diante de tanta roubalheira e falta de caráter.

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