Tópicos da Semana – Edição de 24/09/16.

Publicado em 24/09/2016 00:09

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva.

Charge: Leandro Gusson (Tatto).

Charege 24-09A margarina azedou
A história se repete. Mais uma vez é de se observar muitos membros da mesma família literalmente se “pegando” por conta do candidato A, B ou C. As famosas línguas-pretas andam afirmando por aí que muitos grandões da política local estariam distribuindo promessas de cargos, caso sejam eleitos, e isso tem feito com que amizades e conchavos estariam se rompendo. Muitas famílias, dignas de propaganda de margarina, estão quase que se esbofeteando por causa da tal política.

“Mim mesmo”
É o famoso “mim mesmo”, ou seja, não pensamos em eleições como uma ferramenta poderosa para mudar o rumo de uma cidade, estado ou país. Parece que o foco é no “eu”, no que poderá ser bom para mim e para meus pares; enquanto isso, a cidade ou o resto do mundo que se lasque.

Pobre, não mais!
É inerente do ser humano procurar o melhor para si, ainda mais em tempos de crise, em que muitos estão “atolados em dívidas” , embora poucos mostrem sua verdadeira face. Quem não quer vida boa? Todos. O fato é que enquanto não entendermos que “a vida boa” advém do trabalho digno, e não de conchavos e roubalheiras, onde o indivíduo vende até a mãe, a esposa, o pai e o avô, se preciso for, nada será mudado. É a corrupção bem perto de nós. E como as pessoas se vendem por tão pouco!

Calmaria?
Até então a política local vinha sendo realizada dentro da mais “perfeita” ordem, embora fraca de ideias por parte dos candidatos no que se refere o que isso ou aquilo poderá ser feito, caso eleitos. Muitos afirmam que para quem “vê de longe”, é a disputa pelo poder e pronto, enquanto que a cidade vai ficando pra trás.

De volta
Enquanto isso, hoje já na era do Facebook, as expressões chulas mais lidas são os ui-ui-ui, ou ai-ai-ais e os mi-mi-mis. É uma infinidade de postagens afoitas e sem fundamento que, para os mais polidos, são dignas de dar dó. Uns falam do desespero do outro e cantam a vitória como se a mesma já estivesse carimbada e assinada.

O galo tem hora certa pra cantar
Uma eleição é ganha, perdida ou empatada a partir das 17:00 horas do dia da votação, e parece que muita gente ainda não entendeu isso. Ouve seus pares, seus mandachuvas afirmarem que os votos estão “no papo” e logo saem por aí, aos quatro ventos, gritando, como médium videntes, que “o meu candidato já ganhou”, e ponto final.

Mixórdia
Talvez nunca na história de nossa região houve tanta gente mandando na mesma campanha. É a velha história: é muito cacique pra pouco índio. Assim, discórdias são plantadas dentro dos próprios grupos políticos, conchavos e amizades antigos são desfeitos, tudo, novamente, em prol do “mim quer dinheiro” . Um manda, ou outro desmanda, e o outro manda no desmando que desmanda o que foi mandado. Como diz o colunista Zé Simão, pare o mundo que eu quero descer!!!

Vendem-se
Se falou mal de fulano, isso não importa mais; se denegriu a imagem política de beltrano, tanto faz; e se babou ovo para cicrano, e agora virou as costas, muito menos. Em épocas de eleições neste país, é o famoso vale quanto pesa, o que pesa no bolso, o dinheiro, é inenarrável a quantidade de pessoas se vendendo por migalhas.

Olha só?!
Chega a dar nojo vermos determinados formadores de opinião literalmente abandonando o barco no qual navegaram por anos simplesmente pelo fato de acharem que o velho artefato está na iminência de afundar. Traem amigos, partidos, coligações, tudo em prol do dinheiro, ahhhh, novamente o dinheiro falando mais alto.

Eu compro
Em contrapartida, para haver o vendável tem que haver o comprador, e o que se tem visto por aí é coisa de assustar. Velhas figurinhas carimbadas que até então desciam a lenha neste ou naquele candidato, passaram, da noite pro dia, a carregar a bandeira do outro, e a pular e gritar “é ele, é ele, e é ele o melhor…”. Realmente é de se estranhar.

Seriedade e hombridade
O que muitos políticos não sabem ainda, ou preferem se esquecer, é que existem neste país muitos órgãos de imprensa que não estão a venda, e que, por não terem o rabo preso com absolutamente ninguém, podem simplesmente decidir uma eleição, até mesmo na reta final.

Última Edição