Tópicos da Semana – Edição de 26/07/14.
Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Apertou lá
A Prefeitura de Jaguaquara, no Sudoeste da Bahia, está funcionando em meio período desde a terça-feira da semana passada, quando o prefeito Giuliano Martinelli (PP) assinou o decreto que estabelece medidas administrativas temporárias na gestão pública municipal.
Funcionamento
Lá está determinado a redução do horário de trabalho em todas as secretarias geridas pela Administração, e os órgãos já passaram a funcionar das 7:30 às 13:30 horas, e quem precisa buscar atendimento nas secretarias do município deve chegar um pouco mais cedo e tentar garantir o atendimento nos órgãos públicos, que deverão ter a demanda aumentada após o novo expediente.
Motivo
O motivo do corte é a Lei de Responsabilidade Fiscal e a queda na arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). De acordo com o Decreto, os serviços essenciais de saúde, limpeza e segurança pública serão mantidos de forma a atender às necessidades dos munícipes.
Pior ainda
Em São Tomé, no Paraná, a Prefeitura, na administração passada, para diminuir as despesas com combustível, máquinas, caminhões e carros, chegou a deixá-los parados o dia todo e a ambulância só transportava pacientes em casos mais graves. Para economizar água, luz e telefone, os funcionários só trabalhavam meio período, até o meio dia e os telefones só recebiam ligações. Segundo o prefeito, o racionamento foi necessário para compensar a queda no repasse de verbas do Governo Federal, feito através do Fundo de Participação dos Municípios.
Apertou aqui
O prefeito de Santa Fé, Armando Rossafa, há muito vem cortando gastos, e isso tem até gerado motivo de chacota por parte de alguns oposicionistas; porém parece que a coisa agora ficou literalmente feia, pois até o cafezinho está racionado para funcionários e visitantes, pois corre à boca pequena que a bebida produzida a partir dos grãos torrados do cafeeiro tem sido servida somente duas vezes ao dia, e basicamente para os servidores públicos.
WhatsApp
O imitador do Armando, que, na verdade, “já deu até florzinha”, como se dizia antigamente, até mesmo porque, para a grande maioria da população, faz parte do grupo de oposição, deixando de lado a característica de ser meramente um arremedador, numa de suas imitações chega interrompendo um locutor e a montaria dizendo “que já está tarde, todo mundo tem que dormir e que amanhã vão ser só 4 segundos, isso para economizar”, e não é que na prática o racionamento está acontecendo? Não está sendo reduzida a montaria para 4 segundos, mas, sim, o café, que está sendo racionado para funcionários e visitantes.
E se a moda pega?
Após tantos cortes, embora esteja faltando o de ligações telefônicas, pois esse, sim, onera os cofres públicos, já pensou se a moda pega e o eleitor resolve racionar os votos? Daí a coisa complica.
Economia
O racionamento inoportuno – não o da água – mas o excessivo corte de gastos representa uma política que estanca a economia, uma vez que o indivíduo para de gastar e o ciclo econômico se quebra. Esse excesso de “cortes” representa a política econômica do achatamento salarial, em descompasso com a economia brasileira, que na última década tem incentivado o contrário para fazer a economia girar.
Arriba, Dilma!
Pesquisa Ibope contratada por O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo mostra estabilidade na disputa presidencial. A presidente Dilma Rousseff (PT) soma 38% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, de 15 de junho, Dilma tinha 39%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 22% das intenções de voto, ante 21% do levantamento anterior.
Segundo turno
Na eminência de um segundo turno contra o tucano, Dilma soma 41% das intenções de voto, contra 33% de Aécio. Brancos e nulos são 18% e indecisos, 8%. Na pesquisa anterior, de meados de junho, Dilma tinha 43% e Aécio, 30%.
Aécioporto
Logo teremos o horário eleitoral gratuito, mas a guerra já começou. O jornal Folha de São Paulo esta semana deu o primeiro petardo, pois acusa o presidenciável Aécio Neves de ter construído aeroporto de quase 14 milhões, com verba pública, dentro de uma fazenda de propriedade de seu tio, no fim do segundo mandato como governador de Minas Gerais, construído no município de Cláudio, a 150 Km de Belo Horizonte.
Aécio, pá e pum
Numa reportagem enorme, de capa, a revista Piauí, que já circula em todo o País, revela de que modo sua repórter, Malu Delgado, acompanhou Aécio Neves numa recente gira por vários Estados. A matéria também conta o dia a dia do candidato tucano. A reportagem leva o título “O público e o privado”.
Voando
De janeiro a maio, o senador mineiro fez quarenta viagens de avião custeadas pelo partido – dezesseis delas para São Paulo. As agendas eleitorais disfarçadas de compromissos partidários geralmente se iniciam às quintas-feiras, quando o Congresso se esvazia. Na aritmética dos tucanos, se chegar à frente de Dilma Rousseff no estado de Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e José Serra, Aécio dificilmente fica fora do segundo turno da eleição presidencial. Ele considera que em Minas, segundo colégio eleitoral do país, deve ter ampla vantagem sobre a petista.
Pópopó?
Nas redes sócias alguns petistas estão associando a construção do aeroporto com a prisão de um helicóptero, que transportava cocaína, na fazenda dos Perellas, amigo de Aécio.
Mais um?
Outro aeroporto está sob suspeita, dessa vez em Montezuma, Minas Gerais, construído durante a gestão de Aécio Neves. Segundo uma reportagem, a família do tucano tem negócios na região. A empresa Perfil Agropecuária e Florestal, que pertenceria a Aécio e à sua irmã Andréa Neves, também está localizada na pequena cidade.
Seca
Em virtude da seca que tem assolado grande parte do País, e principalmente no Estado de São Paulo, em Santa Fé, o Saee, através do superintendente da autarquia, Adércio Rodrigues, desde quarta passada determinou um regime de racionamento de água na cidade. Os registros de cada setor estão sendo desligados todos os dias, das 13:00 às 17:00, por tempo indeterminado.
H2O
A água, bem precioso, pura, para beber – sem participação de volume jogado pelo esgoto – agora ganha discussão que sai dos centros acadêmicos e o povo está sentindo como necessidade básica. Daí que Santa Fé do Sul, rodeada pelos remansos do Rio Paraná, sofre. Sofrem os peixes, enfim, sofre a natureza. Mas o homem – pela sede sofre também. A nossa represa é insuficiente para o atendimento de água potável. Está na hora de buscar uma solução definitiva, como a captação dela diretamente do Rio Paraná. Fica o alerta para as autoridades públicas.
Coitado do Santo Antônio
Muita gente está até apelando para que a chuva volte a cair na Terra do Sol, e, para isso, estão usando uma antiga simpatia, que consiste em colocar a imagem de Santo Antônio, de cabeça pra baixo, no sol quente, até que ele faça chover.
E a chuva voltou a cair
Na quarta-feira à noite o tempo mudou rapidamente e logo pudemos sentir o cheiro de terra molhada. Na cidade, durante toda aquela noite chegou a chover 6.6 mm, mas em alguns pontos do Rio Paraná foi registrada uma chuva bastante intensa. Anteontem, logo pela manhã, na cidade houve pancadas de chuva, e à tarde o serviço da ETA – Estação de Tratamento de Água – confirmou que, das 9:00 até às 15:00 horas, chegou a chover 11.6 mm, quantidade já satisfatória para molhar o solo. Ontem foram registrados 13,2 mm. Parece que a chuva resolveu dar as caras.