Tópicos da Semana – Edição de 28/05/16
Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (Tatto)
Nojo
Ao que parece, todos nós estamos sentindo um verdadeiro asco por sermos brasileiros, não pelo que somos ou pelo que temos, mas por esta velha política corrupta que se arrasta por anos em nosso tão rico e lindo país. Não aguentamos mais tamanha falcatrua.
Mãos ao alto!!!
Éramos para ser uma das grandes potências mundiais de todo o planeta, não fossem esses escrotos de gravatas que se dizem nossos representantes. São, na verdade, verdadeiras ratazanas de um esgoto sujo, que precisa ser limpo imediatamente, ou, então, continuaremos sendo fantoches, capachos de um governo que já se acostumou a roubar descaradamente nosso dinheiro, enquanto sentimos a dor de sermos tripudiados por políticos que veem em seus cargos uma maneira de formar conchavos e, assim, roubar, roubar e roubar…
Até tu, Jucá?
O presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo, acompanhado do líder do partido na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), protocolou na tarde desta segunda-feira, dia 23, na Procuradoria Geral da República, uma representação em que pede a prisão do ministro interino do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR).
Blindando
O motivo da ação são os áudios divulgados na segunda-feira, que explicitam o principal objetivo do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff: construir um pacto para barrar as investigações da Operação Lava Jato, que atingem várias personalidades políticas, incluindo o próprio Romero Jucá, braço direito de Michel Temer. Nos áudios, que estão sob poder da PGR, Jucá conversa com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, empresa ligada à Petrobras. Machado também é investigado pela Lava Jato.
Pondo areia nos olhos…
Na representação, o PSOL solicita que o MPF peça que o Supremo Tribunal Federal aplique medidas restritivas de liberdade contra Jucá, “por supostas práticas de ações obstaculizadoras das investigações da Operação Lava Jato e de Inquéritos e Ações Penais em trâmite no STF”.
Tirando o lamaçal
Para embasar seu pedido, o partido cita trechos do diálogo entre o ministro do Planejamento e o ex-presidente da Transpetro, em que ele cita ser necessária uma ação para “estancar a sangria” das investigações da operação Lava Jato.
Na conversa, Jucá e Machado falam de um grande “acordo nacional”, em torno da figura do presidente interino Michel Temer, que incluiria inclusive o STF.
Golpe?
Na semana passada, o conde Chiquinho Scarpa publicou em sua página do Facebook: Alguns atores do filme Aquarius exibiram em Cannes placas denunciando um golpe no Brasil. Vou dizer a “esses” atores o que considero um golpe: Golpe é morrer por uma doença que poderia ser curada, golpe é ficar 10 horas com seu filho doente esperando por uma consulta, golpe é envelhecer e não ter dinheiro para remédios, golpe é tirar compras do carrinho na hora de passar no caixa do supermercado, golpe é ter que dizer a seus filhos que você perdeu o emprego, golpe é manter o povo na ignorância, golpe é dar esmolas a um povo sofrido e achar que isso é mais do que razão para saquear os cofres de um país, golpe é desviar nosso suado dinheiro para ditaduras, golpe é fechar treze leitos de hospitais por dia, golpe é ter que fechar seu comércio pela incompetência do governo. Agora golpe mesmo é se colocar no centro do universo e achar que seu filme tem mais direito ao dinheiro público do que nós, reles mortais.
Isso, sim…
Golpe de Estado é derrubar ilegalmente um governo constitucionalmente legítimo. Os golpes de estado podem ser violentos ou não, e podem corresponder aos interesses da maioria ou de uma minoria, embora este tipo de ação normalmente só triunfa quando tem apoio popular.
O termo…
Pode consistir simplesmente na aprovação por parte de um órgão de soberania de um diploma que revogue a constituição e que confira todos os poderes do estado a uma só pessoa ou organização, ou também um golpe militar, em que unidades das forças armadas ou de um exército popular conquistam alguns lugares estratégicos do poder político para assim forçar a rendição do governo. Para ser considerado golpe de Estado, não necessariamente o governante que assumiu o poder pela força tem de ser militar, como aconteceu no Brasil.
A Volta…
Na terça-feira, 24, o ex-secretário de Cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero, tomou posse como ministro da Cultura do governo interino de Michel Temer afirmando que irá “preservar conquistas” e “garantir a continuidade” das políticas culturais bem-sucedidas do governo anterior.
Despolitizando
Em resposta às críticas da classe artística provocadas após a decisão de Temer de extinguir a pasta e fundi-la ao Ministério da Educação em sua primeira reforma ministerial – decisão revogada no último sábado -, Calero procurou despolitizar a questão afirmando que o partido da cultura é a cultura, não qualquer outro. Disse também que estará sempre sujeito àquilo que a sociedade demanda, nunca a serviço de um projeto de poder
É tendenciosa?
A revista IstoÉ traz na capa da edição desta semana uma reportagem revelando a atuação do principal assessor da presidente Dilma, Giles Azevedo, no esquema de desvios de recursos para financiar as campanhas da petista em 2010 e 2014. As informações constam na delação premiada da dona da agência de publicidade Pepper, Danielle Fonteles. De acordo com a reportagem, Giles coordenou, a mando de Dilma, os repasses de cerca de mais de R$ 58 milhões efetuados pela agência de publicidade por meio de contratos fictícios com OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão durante os governos Dilma.
Ilegalidade
A publicação explica que o assessor especial de Dilma é considerado os olhos e os ouvidos da presidente da República, além de ser o único autorizado a falar em nome da presidente. Teria sido com esse status que Giles se aproximou de Danielle Fonteles, tendo mantido inúmeros encontros com a publicitária para montar a engenharia financeira das campanhas presidenciais de Dilma com recursos ilegais.
Óoooooooo…
O depoimento de Danielle deixou integrantes do ex-governo catatônicos, pois acaba com o discurso do golpe comprovando o envolvimento pessoal de Dilma nos esquemas de corrupção. Danielle confirma ter recebido, também “por fora”, recursos da Propeg, uma das oito agências que mais receberam grana do governo nos últimos anos e que possui a conta da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. A CPI do BNDES identificou quatro depósitos da Propeg nas contas da Pepper, totalizando R$ 223 mil entre 2011 e 2012.
Tô fraca…
Outro ponto do discurso governista que deve cair por terra é o das contas na Suíça, pois uma conta foi aberta naquele país em 2012 sob orientação de Giles (Dilma) para receber propina da Queiroz Galvão na “Operação Angola”. Foram ao menos US$ 237 mil depositados na conta CH3008679000005163446, aberta no banco Morgan Stanley.