Tópicos da Semana – Edição de 30/04/16.
Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (Tatto).
O pré-candidato a prefeito de Santa Fé do Sul pelo PMDB, José Rafael Martins, mais conhecido como Faíco, deve estar torcendo duplamente para que haja o impeachment da presidente da República. Primeiramente, porque, como a grande maioria dos brasileiros, clama por mudanças e para que o País, quem sabe, ache um “rumo” – economicamente falando. Segundo, porque, caso isso venha acontecer, quem assume é seu vice Micher Temer, também do PMDB.
Popye Faíco
Sendo o Grupo 15 do PMDB, isso lhe dará mais sustentação político-partidária, caso seja efetivada sua candidatura, afinal também é apadrinhado pelo deputado estadual Itamar Borges e pelo ex-ministro e hoje deputado federal Edinho Araújo, ambos do mesmo partido, e, na iminência do impeachment, quem assume é Michel Temer, atual vice-presidente da República, do PMDB. E olhe lá se então nossos deputados pratas da casa não forem guindados a condição de ministros…Temer afirmou na ocasião que teria rompido com a presidente da República haja vista ela ter retirado Edinho Araújo da pasta como ministro dos Portos para colocar Helder Barbalho; logo, a lógica agora seria Temer repensar a sua volta…
Esvaecimento
Isso poderá, talvez, enfraquecer tanto os pré-candidatos Elena Rosa, do PTN, e principalmente Ademir Maschio, do DEM, e mais, em decorrência do provável impedimento de Dilma, muitos tucanos santafessulenses devem estar se amargando de arrependimento… Todo ato tem suas consequências, e são neles que muita gente agora vai ter que pensar (e repensar), até porque como sempre, e mais ainda na política, não podemos ser inconsequentes e muito menos levados pela paixão ou por qualquer tipo de ego ou vantagens.
Xô
Ao que parece, os tucanos de Santa Fe do Sul estão, em sua bazófia, espalhando e espantando muitos de seus companheiros, e talvez se esquecendo de que a união, tão propagada aos quatro ventos pelo Grupo 45, vem sendo cada vez mais deixada de lado em nome da certeza de que tudo podem, politicamente falando.
Golpe II
Nesta terça-feira, 26, Temer chamou de “golpe” a tentativa de antecipação das eleições presidenciais. Segundo consta, ele teria dito, em reunião, caso Dilma seja afastada, ele pretende abrir canal de diálogo com todos os partidos, e que os movimentos de esquerda podem protestar contra ele, “contanto que não infernizem a vida do País”.
Mordeu e assoprou
Por outro lado, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente Michel Temer voltaram a ser alvo de ataques por parte da presidente, que os classificou como dois “chefes conspiradores” e afirmou que o processo do impeachment é uma tentativa de eleições indiretas para a Presidência da República.
Enquanto isso…
Ainda na terça, em depoimento ao Conselho de Ética, o lobista Fernando Baiano declarou ter entregado R$ 4 milhões em espécie no escritório de Eduardo Cunha. O lobista também explicou de que maneira recebeu a ajuda do presidente da Casa para cobrar uma dívida de R$ 10 milhões do lobista Júlio Camargo em troca de doações eleitorais, a partir de 2010. No acordo, inicialmente de 20%, e que subiu para 50%, Cunha pressionaria Júlio por meio da comissão de fiscalização sobre contratos de empresas que Júlio representava junto à Petrobras.
E mais
Segundo Baiano, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teria informado que Júlio estava preocupado com a ameaça. Ele então propôs um acordo para pagar a dívida. A parte de Cunha seria de R$ 4 milhões e foi entregue em espécie por Baiano no escritório dele no Rio de Janeiro. Mesmo assim, o “homi” não é preso, nem caçado, nem nada…
Outro lado…
A presidente da República afirmou estar sendo vítima de grande injustiça. “Não tem uma acusação que diz que eu peguei dinheiro para mim. Muitas das ações das quais me acusam, eu nem sequer participei (…). E o mais estranho é que quem me julga é corrupto”, disse Dilma em referência a Cunha.
Palco montado
A comissão especial do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no Senado elegeu, também nesta terça-feira, 26, seu presidente e relator. Trata-se do senador Antonio Anastasia, do PSDB-MG, (amigo de Aécio Neves, também do PSDB por aquele Estado, há, há, e há), eleito com cinco votos contrários. As bancadas do PT, PCdoB e PDT foram as únicas a encaminhar votos contra Anastasia como relator.
Numa nice!!!
Após eleito, prometeu “serenidade” e “debate” no exercício da função. “Deus me concedeu o dom da serenidade. E essa serenidade servirá muito, juntamente com meu senso de responsabilidade, que sempre caracterizaram meu trabalho nas funções públicas que exerci, para desempenhar aqui as funções de relator. Escutando, ouvindo, debatendo, aberto de maneira extremamente democrática”, declarou.
Somos amigos!!!
A escolha do tucano para a relatoria aconteceu após diversas manifestações contrárias de parlamentares governistas, que tentaram impedir Anastasia de assumir o cargo, alegando que ele, por ser do PSDB, não teria isenção para elaborar o parecer sobre o pedido de impeachment contra Dilma. Ele também foi coordenador de campanha do senador Aécio Neves. Ummmmmmmm……