Tópicos da Semana – Edição de 30/08/14.

Publicado em 29/08/2014 23:08

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge: Leandro Gusson – Tatto

Cherge 30-08UPA lá-lá
Além de se ver obrigada a cortar gastos pelo fato de a Prefeitura de Santa Fé ter diminuído a arrecadação, já é sabido que o prefeito Armando Rossafa não recebeu o repasse do Governo Federal, no montante de R$ 400.000,00, a UPA, piorando ainda mais a situação.
Prefeituras
Outro problema reside no fato de que algumas prefeituras assistidas pela UPA não têm conseguido fazer seus repasses mensal, haja vista que, segundo elas, o motivo também seria a diminuição da arrecadação.
Burocracia
Hoje, o indivíduo, ao invés de procurar a ESF mais próxima de sua residência, opta pela UPA, já que, para ele, lá poderão feitos todos os exames necessários; ao passo que nos postinhos ele somente é atendido e posteriormente encaminhado a uma especialidade, onde, após alguns dias, terá seu exame agendado.
UPAcondríaco
Hoje em dia, o que vem acontecendo é que a maioria dos pacientes vai a UPA, pois sabe que lá o mesmo será consultado e, logo em seguida, encaminhado para eventuais exames. Só para termos uma ideia da real situação, de 15 de janeiro a 25 deste mês, um cidadão passou 65 vezes pela Unidade de Pronto Atendimento, numa média de a cada 3,5 dias. Haja doença pra pouca pessoa.
Presente de Grego
O fato é que a UPA foi criada com o objetivo de “desafogar” o Pronto Socorro e ampliar o atendimento com mais comodidade e agilidade. Porém, o que o cidadão precisa entender é que aquela unidade não é a tábua de salvação para seus problemas, uma vez que os atendimentos médicos específicos devem ser feitos nas ESFs. O grande problema foi que o Governo Federal construiu a UPA e praticamente deixou o “abacaxi” nas mãos no prefeito de Santa Fé, que, sem respaldo financeiro, vê-se quase que praticamente obrigado a investir na unidade, deixando, assim, de atender outros setores municipais.
Comércio
De proprietários de restaurantes a lojistas, o comentário é um só: o comércio de Santa Fé e região está às moscas; praticamente vazio, quase como um “deserto”. O que tem se ouvido por aí é que, se a situação não melhorar, muitos irão fechar suas portas, isso porque há muita gente já demitindo funcionários, com o único e exclusivo intuito de cortar gastos. Em contrapartida, muitos empresários têm procurado Santa Fé para estabelecer seus empreendimentos; e um deles é a construção de um prédio, de duas torres, com dezoito andares cada, e com quatro apartamentos por andar.
Inadimplência
O número de consumidores inadimplentes atingiu, em agosto deste ano, 57 milhões de pessoas, um recorde histórico, segundo a Serasa Experian. O estudo ainda mostra que 60% dos inadimplentes têm contas mensais a pagar que custam acima de 100% de sua renda mensal. Além disso, 53% dos endividados acumulam até duas dívidas não honradas.
Em Santa Fé
Segundo dados do SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito – da Associação Comercial de Santa Fé do Sul, de janeiro a agosto deste ano foram negativadas 931 pessoas físicas e 7 jurídicas, bem como 217 cheques de pessoas jurídicas e físicas. Em contrapartida, no mesmo período de 2013, foram 1.533 pessoas físicas, 9 jurídicas, e 233 cheques de pessoas jurídicas e físicas, ou seja, este ano, pelo menos aqui, a inadimplência foi menor.
E como fica o nosso comércio?
Inegavelmente o comércio na cidade está parado, devido, inicialmente a Ficcap, que praticamente destrói, como ocorre todos os anos, a nossa economia, levando o nosso dinheiro embora; e, este ano, seguido pela Copa do Mundo; depois, o inverno, que não veio; e, agora, pelas eleições de outubro, pois estamos todos em estado de stand by, ou seja, em espera, como se estivéssemos de sobreaviso.
Panorama na região
Segundo dados do último senso, realizado em 2011, pode-se constatar que Santa Fé não anda tão mal das pernas como muitos pensam, se comparada a outros municípios da região. Nossa cidade tem uma renda per capita mensal de R$ 22.799,58; Jales, R$ 18.371,74; Fernandópolis, R$ 19.007,43; Votuporanga, R$ 17.532,49 e São José do Rio Preto, R$ 23.615,38, ou seja, não estamos tão “mal na fita” assim, e devemos muito a Funec e ao turismo, pois, sem eles, ai, ai, ai…
Inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação oficial, ficou em 0,14% neste mês, segundo o IBGE. No ano, de janeiro a agosto, o índice acumula alta de 4,32% e, em 12 meses, em 6,49% abaixo do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%. Em agosto de 2013, o índice havia batido 0,16%.
Inflação represada
O que ocorre é que o Governo Federal vem segurando a inflação, “maquiando” esse panorama, pois, se realmente decidir repassar o aumento dos combustíveis, da energia elétrica etc, com certeza a inflação irá para níveis absurdamente altos.
Mal acostumados
O aumento do número de inadimplentes no País deve-se ao crescente endividamento das famílias e ao descontrole do consumidor ao assumir novos financiamentos, e o que se percebe é que a história propagada pelo Governo Federal de que temos que gastar para fazer a economia girar tem, inegavelmente, feito com que muita gente esteja com a corda no pescoço.
Lá fora
Nos países desenvolvidos, diferentemente do que acontece no Brasil, as pessoas são estimuladas a poupar, até porque é exatamente a poupança que faz girar a economia.
Desemprego
A taxa de desemprego ou de desocupação no Brasil é determinada mensalmente pela Pesquisa Mensal do Emprego, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE -. Os números da pesquisa são determinados a partir de estudos feitos a cada mês com a População Economicamente Ativa – PEA – das seis principais regiões metropolitanas do país, ou seja, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador.
Desemprego II
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a taxa de desemprego no País caiu 11% na comparação entre o primeiro trimestre de 2013 e o mesmo período em 2014. No acumulado dos últimos 12 meses, também houve queda, passando de 7,1% para 6,9% no primeiro trimestre de 2014.
Que maravilha!!!
Ora, por que então os europeus não vêm correndo para cá? Nossa taxa só não é menor que da Suíça (3,1%) e Áustria (4,9%). O fato é que a metodologia aplicada pelo IBGE é absurda, pois aquele cidadão que entra no vagão do trem vendendo bala é considerado empregado; o mendigo que veio pedir-lhe esmola e você o pagou para capinar seu lote, também; se o cidadão desiste de procurar emprego, ele não é considerado desempregado, mas, sim, desalentado, sem ânimo, não entrando no cálculo do índice.
Bolsa Família
Nessa conta dos desalentados, está uma parte dos beneficiados pelo Programa Bolsa Família, que estão desempregados e decidiram viver do benefício, ao invés de trabalhar.
Seguro-desemprego
Nessa mesma categoria também entra quem está recebendo o seguro-desemprego, pois, para o IBGE, se está recebendo o seguro, não está desempregado, só “desalentado”, mesmo que não tenha emprego.
Bicos
Ainda segundo o IBGE, a pessoas que fazem “bicos” e recebem menos de um salário mínimo são consideradas “empregadas”, como, por exemplo, aquele sujeito que, por ventura, substitui um amigo em uma loja, ou um garçom (por um dia) e recebe, por exemplo, R$ 60,00 por isso. Aquele autônomo, como um eletricista, encanador, pintor ou cabelereiro, por exemplo, que abre uma MEI – Micro Empreendedor Individual – para o Governo, sai do índice de desemprego e passa a ser um cidadão empregado, e viva o Brasil do emprego!!!

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