Tópicos da Semana – Edição de 4/07/15.

Publicado em 3/07/2015 23:07

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge: Leandro Gusson (Tatto)

Charge 4-07Sucessão municipal
Encerrada a Expo 2015, parece que agora as antenas se voltam para a sucessão municipal, cujas eleições acontecerão em outubro do próximo ano, previstas para o primeiro domingo do mês, dia 2.

Quem vai pagar?
Que estamos em crise, isso não é novidade alguma, até porque todos estão sentindo na própria pele a volta da inflação, juros altíssimos, e o que teremos por aí será a dificuldade de se custear uma campanha eleitoral, haja vista a falta de dinheiro que assola o País.

Elena Rosa ou Ademir Maschio
As conversas dos bastidores indicam, no grupo do 45, Elena Rosa de um lado, carismática, idealista e dedicada mulher, e de outro, Ademir Mashio, administrador, centrado e que tem se revelado um bom gestor frente à Funec, porém, como dois corpos não ocupam o mesmo lugar, daí a coisa complica, pois um terá que ceder ao outro.

Briga boa
E se tratando de escolha, tudo indica que teremos por aí uma ‘boa briga’ interna no PSDB/DEM, partidos que administram Santa Fé, pois, embora o apelo popular de Elena Rosa seja notório, uma vez que, assim que entrou na arena de rodeios para entrega de prêmios aos peões na semana passada, na Expo 2015, a mesma foi ovacionada pelo povo, o que parece é que a cúpula do 45 prefere, no momento, o presidente da Funec.

Não pode
O que não pode acontecer é o grupo político do 45 ser dividido, pois, caso isso ocorra, pode haver o rompimento do mesmo, e essa operação nunca é recomendável na política, até porque trata-se de uma arte de somar, e não de dividir.

Até ele?
O nome do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) consta agora na lista de escândalos envolvendo a Petrobras, pois é uma das pessoas supostamente citadas na delação premiada assinada entre Ricardo Pessoa, presidente da UTC Engenharia S.A, uma das principais empresas brasileiras de sistema de Gestão Integrada (SGI) na área de serviços em engenharia industrial – e o Ministério Público Federal (MPF), que comanda as investigações, de acordo com reportagem publicada na edição desta semana da revista Veja.

Fofura
O referido parlamentar reconheceu que recebeu a quantia para a sua campanha eleitoral ao Senado em 2010, mas afirmou que não teria reais condições de influenciar decisões da Petrobras que favorecessem a UTC.

Maracutaia
As manobras fiscais de 2014 ainda nem foram julgadas, mas o governo insiste nas mesmas práticas já condenadas pelo TCU e que podem levar o tribunal a reprovar as contas da presidente Dilma Rousseff de maneira inédita na história, pois uma análise no Orçamento da União deste ano mostrou que, de janeiro a abril, o governo voltou a fazer operações de crédito que elevaram a dívida do Tesouro com bancos públicos e com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em cerca de R$ 20 bilhões.

As pedaladas
Em auditorias realizadas de setembro a novembro de 2014, os técnicos haviam identificado que recursos das instituições financeiras e FGTS foram utilizados para pagar pelo menos R$ 40,2 bilhões em despesas de benefícios sociais que deveriam ter saído do caixa do Tesouro, como o Bolsa Família, auxílios previdenciários, despesas do Minha Casa, Minha Vida e créditos agrícolas. Esses artifícios, que permitiram ao governo exibir uma saúde econômica muito distante da realidade, ficaram conhecidos como pedaladas. No TCU, a maquiagem nas contas para elevar superficialmente o resultado do superávit foi considerada violação à lei de responsabilidade fiscal.

Vaca loka
Quando o assunto é Dilma, nunca se sabe ao certo o que exatamente é burrice e o que é a mais pura má-fé. Muitos atos parecem reunir esses dois atributos, numa mistura quase macabra e invariavelmente tragicômica. A última da presidente foi atacar o instituto da Delação Premiada, ou seja, quando o juiz pode conceder o perdão judicial, reduzir em até dois terços a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa, dentre outras.

Feitiço contra a feiticeira
Dilma disse: “não respeito delator”, chegando ao ponto de comparar o procedimento legítimo da Delação Premiada ao traidor da Inconfidência Mineira ou mesmo à resistência a regimes de exceção. O absurdo da vez, no entanto, é que foi justamente ela que sancionou a lei reguladora do instituto da Delação Premiada (Lei 12850/2013).

Caguetagem
Não se trata, portanto, de uma pura e simples “caguetagem”, mas, sim, de depoimentos que precisam ser confrontados por fatos e indícios, além de terem eficácia no esclarecimento dos crimes praticados pela quadrilha.

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